O PAPEL DA INTUIÇÃO NA COMPREENSÃO DA SIGNIFICAÇÃO: DA DISSOCIAÇÃO ORIGINÁRIA AO CASO DO “JUÍZO DE PERCEPÇÃO” EM HUSSERL
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v12i27.12192Palavras-chave:
Edmund Husserl, Investigações Lógicas, significação, intuição, juízos de percepçãoResumo
O presente artigo tem como questão de fundo a relação entre “significar” e “intuir” nas Investigações Lógicas. Mais precisamente, o artigo trata desta relação ao tematizar o lugar reservado por Husserl à intuição na compreensão de uma significação expressa no discurso. O artigo elucida, inicialmente, a tese “dissociação originária” entre significar e intuir, segundo a qual a intuição não seria uma condição necessária para a compreensão de uma significação, mas apenas uma base ilustrativa, eventualmente presente. Em seguida, aborda o caso específico da significação expressa no “juízo de percepção”, no qual o retorno à intuição se torna necessário para a “determinação” da referência objetiva do visar significativo.
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