O AMOR COMO REVELADOR DA VIDA EM ORTEGA Y GASSET
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v12i25.10565Palavras-chave:
Raciovitalismo, Amor, TransmigraçãoResumo
O raciovitalismo do filósofo espanhol Ortega y Gasset traz uma significativa contribuição ao contemporâneo, isto é, seu comprometimento com o fundamento mais radical da existência: a vida. A teoria raciovitalista aprofunda em seu percurso filosófico a concepção de um ser humano imerso em suas circunstâncias, lugar-base para a construção do ser gente, ser histórico, ser futuro, ser que ama e, por isso, se autocompreende e se revela. Imerso nesse contexto, o presente texto buscou apresentar um recorte da filosofia de Ortega y Gasset, o amor. Para tanto, busca demonstrar os traços gerais de sua teoria e suas implicações na relação do eu com o outro, sendo assim o amor uma manifestação da vida. Enquanto instrumento metodológico, tal estudo tomou como ponto de partida a pesquisa bibliográfica, a qual esteve voltada para a compreensão do contexto histórico, visando destacar o amor como revelador da vida. Mediante essa investigação, verificou-se que a compreensão da perspectiva filosófica de Ortega sobre o amor constitui-se como uma reflexão emergente e urgente sobre a vida, de modo particular, a “minha vida”. E ainda, o raciovitalismo orteguiano ao se referir ao amor o compreende como um fenômeno humano, que não está no campo da transcendência ou no campo das ideias, mas circunscrito no encontro da pessoa com seu sujeito amado. Tal itinerário revela o caráter de encontro que demanda da compreensão do amor, em outras palavras, amar é uma vivificação constante e uma perene criação e conservação intencional do amado na “minha vida”.
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