OS “TRÊS AGOSTINHOS” DO LIVRE ARBÍTRIO/LIBERDADE

Autores

  • Marcos Roberto Nunes Costa UFPE

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v9i17.6444

Palavras-chave:

Agostinho, Livre Arbítrio, Liberdade Humana, Liberdade em Deus, Graça Divina

Resumo

Quem se limita a ler apenas os dois primeiros livros do diálogo Sobre o Livre Arbítrio, de Santo Agostinho, escritos em sua juventude em resposta aos maniqueus, correrá o risco de pensar que está é a única e genuína concepção agostiniana de livre arbítrio/liberdade. Pois, até aquele momento Agostinho usa indiscriminadamente os termos livre arbítrio e liberdade como sinônimos, dando ao homem  uma total independência em relação à graça divina. Entretanto, nas obras da maturidade, a começar pelo livro III do supracitado Diálogo, quando entram em questão em seu sistema filosófico-teológico os conceitos de pecado original e graça divina, Agostinho inicia uma progressiva distinção entre livre arbítrio e liberdade, na qual, num primeiro momento, na polêmica contra os pelagianos, o livre arbítrio aparece como parcialmente dependente em relação à graça divina, ficando a liberdade restrita apenas a pessoa de Adão, e, num segundo e último momento, na disputa com os semipelagianos, quando será acrescida à questão da predestinação, o livre arbítrio reaparece como totalmente dependente da graça divina. Aqui, paradoxalmente, com a  cooperação da graça irresistível, os santos homens predestinados alcançarão  a “verdadeira liberdade” em Deus. Eis o que iremos demonstrar no presente artigo.

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Publicado

16-10-2018

Como Citar

NUNES COSTA, Marcos Roberto. OS “TRÊS AGOSTINHOS” DO LIVRE ARBÍTRIO/LIBERDADE. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 9, n. 17, p. 246–266, 2018. DOI: 10.26694/pensando.v9i17.6444. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3429. Acesso em: 10 dez. 2024.

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