BANALIZAÇÃO DA “BANALIDADE DO MAL” DE HANNAH ARENDT

Autores

  • José Francisco Lopes Xarão UNIFAL

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v8i15.4548

Palavras-chave:

Arendt, Mal, Banalidade do mal, Mal Radical

Resumo

Este artigo examina o uso recorrente da expressão banalidade do mal para descrever fenômenos muito distintos daqueles que lhe deram origem. Apresenta, sumariamente, o núcleo da controvérsia em torno do livro Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Examina a transição de Arendt do conceito de Mal Radical para o termo banalidade do mal e critica a banalização deste termo.

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Publicado

13-10-2017

Como Citar

LOPES XARÃO, José Francisco. BANALIZAÇÃO DA “BANALIDADE DO MAL” DE HANNAH ARENDT. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 296–314, 2017. DOI: 10.26694/pensando.v8i15.4548. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3372. Acesso em: 10 dez. 2024.

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