ORIGENS DO MAL EM AS AGOSTINHO
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v5i10.1257Palavras-chave:
Agostinho, Mal., Livre-arbítrio, DeusResumo
Valendo-se de O Livre Arbítrio e As Confissões como principais referências, este estudo visa analisar a problematização que Agostinho faz do Mal, vez que o Bispo de Hipona refletiu sobre a possibilidade de conciliar o pilar cristão de infinita bondade divina com a existência do mal no real. Neste artigo separamos duas fases dessa reflexão. A primeira busca resolver o problema do mal como existente no universo físico, desenvolvendo para tanto uma ontologia que culmina na impossibilidade da existência do mal como substância: o Mal é privação do Bem. Já que o Mal não é substância, mas sim privação do Bem, não existe o mal natural: o mal genuíno é resultado da ação humana. Na segunda fase, o debate se dirige para o sujeito e o livre-arbítrio, ou seja, o âmbito moral. É preciso explicar por quais razões Deus nos deu o livre-arbítrio se com ele praticamos o mal. Como veremos, a possibilidade de escolher é um bem dado por Deus que permite a qualificação moral do ato, dessa forma, o homem deve possuir o livre-arbítrio para que possa ser justo ou injusto. Por fim, concluímos mostrando que as origens do mal estão na defecção da vontade que se afasta de Deus.
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