IMPLANTAÇÃO DE HORTA NA ESCOLA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE REDENÇÃO DO GURGUÉIA
DOI:
https://doi.org/10.26694/1517-6258.225Keywords:
Horta, Escola, Redenção do GurguéiaAbstract
O projeto interventivo de implantação da horta na escola Pedro Pereira da Silva, na Comunidade Lourenço, realizada por alunos que constituem o núcleo de base de Redenção do Gurguéia-PI, do 6° e 7° período do curso de Licenciatura em Educação do Campo, da Universidade Federal do Piauí, no período de 10 de setembro a 01 de outubro de 2018, durante as atividades de Tempo Comunidade, constituiu como espaço de aprendizado aos discentes e docentes da referida escola, mostrando o verdadeiro papel do estagio na transformação da forma escolar atual, rompendo com os desafios e dicotomias presentes na escola e viabilizando uma integração entre as atividades disciplinares e interdisciplinares, de aproximação e contato dos discentes com a realidade. Como trata Morgado (2006), “Este espaço vai auxiliar e incrementar as atividades interdisciplinar, contribuindo assim para melhorar as condições nutricional das refeições e estreita relações sociais a partir da promoção do trabalho coletivo e cooperado entre educadores, educandos, funcionários e seus familiares” e Cypriano, et al. (2013) “o saber pode ser construído junto com eles [os alunos], num compartilhar de experiências cotidianas de seus quintais, estimulando o pensamento unido à prática”.
A escola Pedro Pereira da Silva é uma escola que vem aumentando seu número de alunos a cada ano. No entanto, durante nosso estágio II, percebemos a grande necessidade de se ter uma horta, que possa beneficiar todos os alunos, funcionários e toda a comunidade, a melhoria e qualidade da alimentação dos mesmos. Além disso, o ensino de como se fazer defensivos naturais para a prevenção de possíveis pragas.
A Educação do Campo é uma síntese da intervenção social dos trabalhadores do campo enquanto lutam para construir uma sociedade de justiça social. Segundo Santos (2010) o diálogo entre saberes e pedagogias visa aumentar a inteligibilidade recíproca e necessária entre movimentos, organizações e pesquisadores sem destruir a autonomia dos movimentos, suas linguagens próprias e conceitos, observando o que os divide e o que os une para tentar organizar ações coletivas. Muitas vezes, o que separa os movimentos não são questões de conteúdo, mas antes de linguagem, de diferentes tradições históricas e culturais de luta.
Ao pensarmos neste projeto levamos em conta a real importância de possuirmos algo de qualidade e que possa contribuir coma saúde alimentar dos alunos, sendo que os mesmos irão ter hortaliças saudáveis e fresca, sem ter a necessidade de sair para comprar em outro setor, que poderão correr o risco de estar consumindo produtos contaminados com alto nível de agrotóxicos, ao mesmo tempo ensinamos algumas práticas de defensivos naturais que irá auxiliar a comunidade escolar a se livrar das possíveis pragas que possa atacar seus alimentos, e auto-organização de produzir seu próprio alimento.
Neste contexto, buscamos problematizar: o que o projeto deve mudar na escola em termos de formas de trabalho, modalidades de aprendizagem e envolvimento dos alunos? Que impacto o projeto terá sobre ambiente externo à escola?
References
CYPRIANO, R. J.; Zito, A. F.; Fontes, M. C.; da Silva, F. A. P. Horta escolar: um laboratório vivo. Educação Ambiental em Ação. 2013. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1400 (Acessado em 06/10/2015).
MORGADO, S. F. A horta escolar na educação ambiental e alimentar: experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de Florianópolis. Florianópolis. 45p. (Trabalho de conclusão do curso de Agronomia): Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
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