A produção cinematográfica brasileira entre 1995 e 2017: uma análise empírica
DOI:
https://doi.org/10.26694/2764-1392.4553%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20Palavras-chave:
ANCINE, Concentração Regional, Incentivos Fiscais, Produção CinematográficaResumo
A produção cinematográfica nacional é o setor da indústria audiovisual brasileira com maior geração de empregos e o que mais cresce dentro do setor, segundo a Agência Nacional de Cinema, a ANCINE. Entretanto, ainda não se tornou economicamente independente, uma vez foi necessário a criação de uma agência reguladora para fomentar e desenvolver sua indústria, que é ANCINE, criada em 2001. Além disso, sua produção é regionalmente concentrada no Rio de Janeiro e em São Paulo, com mais de 90% das produções. Diante desse contexto, a questão a ser respondida é como os fatores emprego, incentivos fiscais e regionalização participam efetivamente na produção. Assim, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a produção cinematográfica brasileira entre 1995 e 2017 em função do número de trabalhadores, da concentração regional, pelo marco gestacional da ANCINE e pelos incentivos fiscais concedidos pela agência a produções cinematográficas, por meio de uma função de produção do tipo Cobb-Douglas com base nos dados fornecidos pela documentação digital do órgão. Os resultados mostram que o fator trabalho contribui de forma intensiva e que a regionalização da produção contribui de forma extensiva no que tange a produção e aos incentivos fiscais no período analisado.
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