A capoeira angola em Porto Alegre

Autores/as

  • Marco Antonio Saretta Poglia Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Magnólia Dobrovolski Mestranda em Museologia e Patrimônio pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.26694/rer.v4i2.12814

Palabras clave:

capoeira angola, Porto Alegre, memória oral

Resumen

Uma diversidade de grupos e linhagens constitui a cena atual da capoeira angola em Porto Alegre. Cidade portuária, como os grandes centros da capoeira no país, há documentos históricos sobre a capoeiragem na capital gaúcha desde o século XIX e, sobretudo, relatos fornecidos por cronistas do século passado, além de fragmentos publicados pela imprensa da época. Entretanto, a capoeira praticada no Rio Grande do Sul atualmente, organizada a partir de grupos, tem sua origem nos anos 1970, sob a influência de outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro. Assim como em outras capitais, a capoeira angola enfrentou muitos desafios e conflitos sociais para se estabelecer em Porto Alegre, fortalecendo-se a partir da década de1990. Neste artigo, buscamos contribuir para a compreensão do desenvolvimento da capoeira angola porto-alegrense, tendo como principal referência a memória oral dos mestres e lideranças, assim como pesquisas acadêmicas recentes e outras publicações sobre o tema.

Biografía del autor/a

Marco Antonio Saretta Poglia, Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Membro do GEAFRO – Grupo de Estudos Afro (NEAB/UFRGS) e capoeirista da Áfricanamente Escola de Capoeira  Angola.

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Publicado

2022-06-16

Cómo citar

SARETTA POGLIA, Marco Antonio; DOBROVOLSKI, Magnólia. A capoeira angola em Porto Alegre. Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 245–268, 2022. DOI: 10.26694/rer.v4i2.12814. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5176. Acesso em: 22 jul. 2024.