RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE UM ALUNO, ATUALMENTE UM PROFESSOR: A QUEM DIGA QUE A EDUCAÇÃO ESCOLAR NÃO SIRVA PARA NADA, E NÃO TRANSFORME OU MUDE AS PESSOAS. EU DISCORDO. BISCOITOS, APRENDIZADO E EMPATIA ESCOLAR ME SALVARAM
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v7i2.6637Palavras-chave:
Historiografia, Ditadura, Sistema Educacional, Escolarização, Analfabetismo, Educação Empática, PobrezaResumo
O presente trabalho se constitui em um relato de experiência. Alguns fragmentos desse relato foram inseridos em nosso texto e apresentação de dissertação de mestrado em Educação, Gestão e Difusão em Ciências, pelo Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E fragmentos dos três últimos parágrafos estão inseridos em outro trabalho a ser submetido em breve. Entretanto, 70 a 80% da exposição é inédita, autoral e original. No ano de 2019 fomos a busca de nossas origens e raízes ancestrais que tivemos pouco contato – e em alguns casos, nenhum contato, pois vivíamos uma infância e parte da adolescência pelas ruas do Rio de Janeiro de modo marginal e marginalizado. Conforme apresentado e exposto no relato que se segue. Com inquietações sobre meus familiares e antepassados – parti em busca de respostas. E a isso fiz uso de nossa formação como historiador e sociólogo. Juntando documentos familiares, fazendo relações, conexões e revisando datas. Logo, partimos para outras cidades e regiões do interior nordestino em busca de evidências documentais e se possível encontrar familiares. Dessa forma, o relato segue uma certa ordem crescente e cronológica, e partindo dos meus avós até chegar a nossa pessoa e história. Mesmo parecendo ser um relato biográfico, buscamos tentar expor nas entrelinhas reflexões da historiografia, dos contextos e da sociologia ou realidades sociais que talvez ainda se repitam. – E, também no mesmo trabalho contendo elementos, relações e conexões com a psicologia, pedagogia, política, psicanálise e dentre outras áreas. Sendo assim, o quadro a ser apresentado, talvez em muito, ressoe e ecoe com a vida de milhões de brasileiros. Digo sobretudo o exposto sobre as condições socioeconômicas – onde atualmente um país com mais de 213 milhões de brasileiros – uma média de 60-70 milhões “cirandam e dançam” contra a própria vontade entre a pobreza, a pobreza extrema e a miséria. O produto em tela pode servir para muitas reflexões e para áreas e disciplinas de estudo diversas. Dessa forma, a obra em tela pode ser compreendida como um tipo de relato de experiências, um ensaio, uma obra biográfica e também bibliográfica ou documental. Talvez um pouco de cada. Será notório a influência freireana em nossas exposições, assim como implicitamente o método materialista histórico-dialético.
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