Achados tomográficos dos pacientes com Pancreatite Aguda no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí

Resumo

INTRODUÇÃO: A pancreatite aguda é uma das doenças mais comuns do trato gastrointestinal. Para avaliação da gravidade da doença pelos métodos de imagem, os mais difundidos são os critérios tomográficos de Balthazar e a classificação de Atlanta revisada. OBJETIVOS: Avaliar a frequência dos achados tomográficos em pacientes internados com pancreatite aguda no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), de acordo com as principais classificações radiológicas, comparar com os resultados obtidos na literatura e propor modelo de laudo estruturado para os futuros laudos tomográficos. METODOLOGIA: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo, que analisou dados clínicos e demográficos e as imagens tomográficas de pacientes com pancreatite aguda internados no HU-UFPI no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. RESULTADOS: Foram avaliados 33 pacientes com pancreatite aguda neste período, com idade média de 48,75 anos, sendo 51,5% do sexo masculino. A litíase biliar foi a etiologia em 55% dos casos. A maioria dos pacientes apresentou pancreatite grave de acordo com as classificações radiológicas. Segundo os termos da classificação de Atlanta revisada, os achados tomográficos mais comuns foram a coleção necrótica aguda e o acúmulo líquido peripancreático. Os achados extrapancreáticos mais encontrados foram o derrame pleural e a ascite. Em 58% dos casos houve algum tipo de procedimento ou intervenção cirúrgica, sendo os mais realizados a colecistectomia, a drenagem percutânea e a laparatomia exploradora. CONCLUSÃO: Os achados tomográficos de pancreatite aguda mais comuns foram semelhantes aos encontrados na literatura e foi proposto modelo de laudo estruturado para os relatórios tomográficos.