FEMINISMOS MÚLTIPLOS
UM VIR-A-SER DE POSSIBILIDADES
DOI:
https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v14i27.4277Palavras-chave:
Interseccionalidade, complexidade social, diversidade, feministaResumo
Neste artigo apresento como objetivo a divulgação de um conjunto de debates que se cruzam nos feminismos, evidenciando, neste caso, a multiplicidade de formas de entender o feminismo e o ser feminista. Parto da ideia de um mundo em transformação pautado em um contexto de rupturas de pensamentos e modelos universais. Sendo assim, quatro críticas ao movimento feminista são apresentadas em diálogo com uma autocrítica que transforma o feminismo universal em feminismos múltiplos, com características mais humanas, de equidade e de inclusão. Por fim, o texto leva a crer na importância do reconhecimento do lugar de fala para todas as pessoas, diferenciando-se em lugares de falas de privilégios ou lugares de falas marginalizados, sendo que tais lugares são flexíveis a partir da espacialidade e das identidades
Referências
BUTLER, Judith. Sujetos de sexo/género/deseo. In: BUTLER, Judith. El género en disputa: el feminismo y la subversión de la identidad. Paidós, p. 45 – 100, 2007.
CAMPAGNOLI, Mabel Alicia. Epistemologías críticas feministas: Aproximaciones actuales. Descentrada - Revista interdisciplinaria de feminismos y género, v. 2, n. 2, p. 1 – 10, 2018.
CARDOSO, Cláudia Pons. Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 965 - 986, 2014.
COSTA, Suely Gomes. Movimentos feministas, feminismos. Revista Estudos Feministas, n. Edição Espacial, v. 12, p. 23-36, 2004.
EVARISTO, Conceição. Conferência de abertura do XI COPENE – Congresso Brasileiro de Pesquisadoras/es Negras/os: Negras Escrevivências. 2020. Curitiba – Paraná. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=biBn732cI5E&ab_channel=ABPN>. Acesso em: junho de 2021.
FONTANA, Mónica Graciela Zoppi. Lugar de fala: enunciação, subjetivação, resistência. Conexão Letras, v. 12, n. 18, p. 63 - 71, 2017.
GELEDÉS. A dororidade e a dor que só as mulheres negras reconhecem. 23 de dezembro de 2017. Disponível em: < https://www.geledes.org.br/dororidade-e-dor-que-so-as-mulheres-negras-reconhecem/>. Acesso em: julho de 2021.
GOMES, Naira. Lugar de fala, lugar de insurgência. Revista Coletivo SECONBA, v. 5, n. 1, p. 79 - 81, 2021.
HARAWAY, Donna. Saberes Localizados: A questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cardernos Pagu, s/v. n. 5, p. 7 - 41, 1995.
HOOKS, Bell. (Org.). O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018 [2000]. 134p.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014.
MENDONÇA, Camila; ALBUQUERQUE, Cíntia. Sobre o lugar de fala: Localizações, silenciamentos e autorizações. Revista ECO-Pós, v. 23, n. 1, p. 561 - 567, 2020.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. CODESRIA: Gender Series, v. 1, p. 1 – 8, 2004.
PUPO, Joana d’Arc Martins. Feminismos múltiplos – Teorias, pensamentos e autoria literária de mulheres. In: III Congresso Internacional de Estudos da Linguagem: Descolonialidade e desobediência nos estudos das linguagens. Ponta Grossa – Paraná, 2019, p.1. Disponível em: <https://siseve.apps.uepg.br/storage/ciel2019simp/32_Joana_D_Arc_Martins_Pupo-55205694275362.pdf>. Acesso em: junho de 2021.
RECIIS. Entrevista com Muniz Sodré. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. v. 13, n.4, p. 877 – 886, 2019.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte – MG: Editora Letramento, 2017, 112p.
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-Cadernos Ces [online], Epistemologias feministas: ao encontro da crítica radical, 2012. Disponível em: http://journals.openedition.org/eces/1533. Acesso em: junho de 2021.
SILVA, Joseli Maria. Fazendo Geografia: pluriversalidades sobre gênero e sexualidades. In: SILVA, Joseli Maria: Geografias Subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 25 – 54.
TAVARES, Manuela. Feminismos: Percursos e Desafios. Alfragide – Portugal: Texto Editores, 2011. 746p.
VIEIRA, Helena. Afinal, o que é a teoria queer? O que fala Judith Butler? Diálogos do Sul - UOL. São Paulo - SP, 25 de setembro de 2015. Disponível em: < https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/cultura/51728/afinal-o-que-e-a-teoria-queer-o-que-fala-judith-butler>. Acesso em: junho de 2021.
WOLFF, Cristina Scheibe; ZANDONÁ, Jair; MELLO, Soraia Carolina de. Feminismos Plurais, Mulheres de Luta. In: (Orgs). WOLFF, Cristina Scheibe; ZANDONÁ, Jair; MELLO, Soraia Carolina de. Mulheres de Luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985). 1ª. ed. – Curitiba: Appris, p. 8 – 16, 2019.
