DA EVOLUÇÃO CRIADORA ÀS DUAS FONTES: O ÚLTIMO BERGSON E A DESCOBERTA DO MISTICISMO COMO MÉTODO EM FILOSOFIA
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v13i28.10292Palabras clave:
Filosofia, Duração, Élan Vital, Mística, BergsonResumen
Bergson buscou o estabelecimento de uma nova metafísica, que levasse o ser humano a um conhecimento mais profundo de si mesmo e do cosmos, e que nesse processo fundasse uma nova moral, assim como outras categorias gnosiológicas que transcendessem o instrumentalismo violento de um mundo escravo de uma ciência excessivamente baconiana. Neste artigo pretendemos mostrar como, ao final de sua obra e vida, a temática religiosa surge como campo privilegiado para a realização e a compreensão da totalidade e da essência de seu projeto refundador da filosofia. Da crítica ao pragmatismo jamesiano (como excelente representante do espírito de nossa época) à mística como única saída para o ser humano (transcendendo um pensamento geométrico em direção ao pensamento da duração), Bergson desenha no horizonte, ainda numa época cega a este questionamento, a indagação de se de fato, como crê uma inteligência desavisada, a religião morreu como agente ativo no diálogo intelectual ocidental.
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