AÇÃO E NARRATIVA: REFLEXÕES A PARTIR DE HANNAH ARENDT E KAREN BLIXEN
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v9i17.7423Palabras clave:
ação, narrativa, Hannah Arendt, Karen BlixenResumen
Neste artigo analiso alguns aspectos dos conceitos de ação e narrativa no pensamento de Hannah Arendt. Enfatizo a metamorfose operada pela narrativa que, na retrospectiva e por meio da imaginação, transforma a ação em estórias. Em especial, busco compreender por que Arendt afirma que as estórias são posteriores à ação e que é um equívoco tentar inverter essa ordem, sob a pena de eliminar a liberdade da ação. Baseio-me no capítulo sobre ação na obra “A condição humana” de Arendt e apresento alguns aspectos de seu texto sobre Karen Blixen, sob o pseudônimo de Isak Dinesen, publicado em “Homens em tempos sombrios”. Para aprofundar e ilustrar minha análise inicial, apresento e discuto, no final, o conto “A estória imortal”, de Karen Blixen, cujo enredo trata da tentativa pretensiosa de fabricar uma estória no mundo.
Citas
ARENDT, H. Between past and future: eight exercises in political thought. Nova York: Penguin Books, 1983.
______. A condição humana. Tradução de R. Raposo. Revisão técnica de A. Correia. 11a. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
______. Compreender: formação, exílio e totalitarismo. Tradução de D. Bottmann. Organização, introdução e notas de J. Kohn. São Paulo: Companhia das Letras; Belo horizonte: Editora UFMG, 2008a.
______. Entre o passado e o futuro. Tradução de Mauro W. Barbosa. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
______. Essays in Understanding: 1930–1954. ed. and intro. J. Kohn, New York: Harcourt Brace & Company, 1994.
______. Homens em tempos sombrios. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008b.
______. Men in dark times. New York: Harcourt, Brace and World, 1968.
______. Vita activa oder Vom tätigen Leben. München: Piper, 1960.
BLIXEN, K. História imortal. Tradução de A. Fernandes. Lisboa: Assírio e Alvim, 1985.