INJUSTIÇA E BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT

Autores

  • Odílio Alves Aguiar UFC

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v10i20.8186

Palavras-chave:

Justiça, injustiça, mal radical, mal banal, julgamento

Resumo

Na ausência de uma teoria explícita da justiça, em Arendt, iremos abordar o assunto através de um desvio: tomaremos os campos de concentração como ponto de partida; abordaremos os conceitos de mal radical e banalidade do mal; e mostraremos que, nessa autora, o antídoto para a injustiça reside na concepção de justiça signficando julgamento e não ao modo pensado pela tradição: virtude e valor. Essa discussão se dá dentro da tentativa arendtiana de recuperar o sentido originário da política, o mundo comum, esteio da condição humana na qual a diversidade e a pluralidade são requisitos para novos começos, novas instituições, novos atos de liberdade. Utilizaremos, prioritariamente, para balizar a nossa reflexão, além da obra de Hannah Arendt, os livros Justiça em tempos sombrios, de Cristina Ribas (2005) e Hannah Arendt e a banalidade do mal, de Nádia Souki (1998).

Referências

ABENSOUR, Miguel. Hannah Arendt: o totalitarismo e a servidão voluntária. In: NOVAES, Adauto (Org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

AGOSTINHO, Santo. O livre-arbítrio. Trad. de Nair Assis Oliveira. São Paulo: Paulus, 1995.

______. O livre-arbítrio. Trad. de Antônio Soares Pinheiro. Braga: Faculdade de Filosofia. 1990.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

______. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo e Adriano Correia. Rio de Janeiro: Forense, 2010.

______. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Tradução de José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

______. Entre o passado e o futuro. Tradução Mauro Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 2000b.

______. Lições sobre a Filosofia Política de Kant. Trad. de André Duarte de Macedo. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993.

______. A vida do espírito. Tradução de Antônio Abranches et al. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1992.

______. Responsabilidade e Julgamento. Tradução de Rosaura Einchenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

CHALIER, Catherine. Radicalité et banalité du Mal. In: ABENSOUR, Miguel (Ed.). Ontologie et politique. Paris: Tierce, 1989, p. 237-256.

CHAUMONT, J.-M. La singularité de l’univers concentrationaire selon Hannah Arendt. In: ROVIELLO, A.-M; WEIYEMBERGH, M. (Org.). Hannah Arendt et la modernité. Paris: Vrin, 1992, p. 87-110.

CIRNE-LIMA, Carlos et ALMEIDA, Custódio. Nós e o Absoluto. Rio de Janeiro, Loyola, 2001.

GARCIA-ROSA. Luis Alfredo. O mal radical em Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

KANT. I. A Religião dentro dos limites da simples razão. Tradução de Artur Morão. Covilhã: Luso filosofia Press, 2008.

KOHN, Jerome. O mal e a pluralidade: o caminho de Hannah Arendt em direção À Vida do Espirito. In: AGUIAR, O. et Al. (Org.). Origens do Totalitarismo: 50 anos depois. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001, p. 9-36.

LANG, Berel. Hannah Arendt and the Politics of Evil. In: Hannah Arendt and the politics of evil. Ed. Lewis P. Hinchman e Sandra Hinchman. New York: State University of New York Press, 1994, 41-55.

RIBAS, Christina Miranda. Justiça em tempos sombrios. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2005.

RICOEUR. P. O mal. Um desafio à Filosofia e à Teologia. Campinas: Papirus, 1988.

______. Introdución a la simbólica del mal. Buenos Aires: Megapolis, 1976.

ROSENFIELD, Denis L. Do mal. Porto Alegre: L&PM, 1988.

SCHELLING, F. A essência da liberdade humana. Petrópolis: Vozes, 1990.

SOUKI, Nádia. Hannah Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

STANLEY, John L. Is totalitarianism a new phenomenon? Reflections on Hannah Arendt’s origins of totalitarianism. In: HINCHMAN, Lewis et Sandra, HINCHMAN (Org.). Hannah Arendt critical essays. New York: State University of New York Press, 1994. p. 7-40.

Downloads

Publicado

06-05-2020

Como Citar

AGUIAR , Odílio Alves. INJUSTIÇA E BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 11, n. 22, p. 1–10, 2020. DOI: 10.26694/pensando.v10i20.8186. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3498. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS/VARIA

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.