“MAIS IDH” E FILOSOFIA SOCIAL: UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA SOCIAL

Autores

  • José Henrique Assai UFMA

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v9i18.7671

Palavras-chave:

Teoria Crítica, Filosofia Social, “Mais IDH”

Resumo

A gênese constitutiva da pesquisa crítica (Teoria Crítica) tem como base a análise da realidade social bem como a orientação à emancipação mediante o diagnóstico das patologias sociais ocorridas no interior de uma determinada realidade. Mesmo diante de tal tarefa e tomando por consideração o “Zeitgeist” hodierno de uma sociedade eivada de contradições, o pensamento crítico não está imune a constantes revisões em seus pressupostos. A exigência de tal posicionamento revisor passa a se constituir como um repto para a própria pesquisa crítica. Nesse sentido, a filosofia social, ancorando-se tanto na ideia da ontologia social quanto no conceito do “Social”, se apresenta enquanto esteio para um programa socionormativo de pesquisa crítica na medida em que, por exemplo, busca pensar a justiça social como base de ação socioemancipatória. Levando em consideração tais pressupostos, pretendo explicitar, nesta pesquisa, que o programa social “Mais IDH” pode se constituir nessa referência socioemancipatória – uma forma de vida socioinstitucional – na medida em que se orienta pela efetivação dos bens sociais como condição mínima de existência social para as pessoas residentes naquelas comunidades assistidas pelo “Mais IDH”.

Referências

ALLEN, Amy. The End of Progress: Decolonizing the Normative Foundations of Critical Theory. New York: Columbia University Press, 2016. 280p.

DEMIROVIC, Alex. “Continuar, ou o que significa falar da atualidade da Teoria Crítica?” In: Remate de Males. Campinas: n. 30, 2010, pp. 9 – 24.

_______. DEMIROVIC, Alex (org.). Modelle kritischer Gesellschaftstheorie: Traditionen und Perspektiven der Kritischen Theorie. Stuttgart: Springer Verlag, 2003. 394p.

DETEL, Von Wolfgang. Philosophie des Sozialen. Stuttgart: Reclam, 2007. 191p. (Grundkurs Philosophie 5).

FISCHBACH, Franck. Die Umtriebe des “Sozialen”. In: _______. Manifest für eine Sozialphilosophie. Bielefeld: Transcript Verlag, 2016. p. 81 – 92.

FORST, Rainer et.al. Sozialphilosophie und Kritik. 1.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2009. 743p.

HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. Tradução George Sper-ber e Paulo Soethe. São Paulo: Loyola, 2002. 390p

_______. Kommunikatives Handeln und detranszendentalisierte Vernunft. Stuttgart: Reclam, 2001. 87p.

HELFER, Inácio. Os bens sociais são sempre bens convergentes? In: Trans/Form/Ação, Ma-rília, v.35, n.2, 2012, pp.163 – 186.

IKÄHEIMO, Heikki, LAITINEN, Arto. Recognition and Social Ontology. Leiden: Brill, 2011. 398p.

JAEGGI, Rahel, CELIKATES, Robin. Sozialphilosophie: Eine Einführung. München: C.H.Beck, 2017. 128p

JAEGGI, Rahel. Crisis, Contradiction, and the Task of a Critical Theory. In: BARGU, Banu, Botti-ci, Chiara. Feminism, Capitalism and Critique: Essays in Honor of Nancy Fraser. Suiça: Springer, 2017. p.209 – 224.

JAEGGI, Rahel. Kritik von Lebensformen. 2.ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2014. 451p.

JAEGGI, Rahel, WESCHE, Tilo (orgs.). Was ist Kritik? 3.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2013. 375p.

JAEGGI, Rahel. “Repensando a Ideologia”. In: Civitas, Porto Alegre: n.1, 2008, pp.137 – 165.

MARANHÃO (Estado). Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Plano Mais IDH: Diagnóstico Avançado: Cajari. 2016, 66p.

MARANHÃO (Estado). Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (SEPLAN). Institu-to Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Plano de Ação “Mais IDH”. São Luís, MA, 2015, 113p.

MARANHÃO (Estado). Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC). Mais IDH: Mapas e Indicadores dos 30 Municípios com menor IDH do Estado do Ma-ranhão. http://imesc.ma.gov.br/atlas/Home/diagnostico (último acesso em 21/09/2018).

MARGALIT, Avishai. The Decent Society. Cambridge: Harvard Press, 1996. 301p.

MARCELO, Gonçalo. Recognition and Critical Theory today: An interview with Axel Honneth. In: Revista Philosophy and Social Criticism: Lisboa, 2013, pp. 209 – 221.

NOBRE, Marcos (org.). Curso Livre de Teoria Crítica. Campinas: Papirus, 2008. 302p.

PINZANI, Alessandro, TONETTO, Milene C. (org.). Critical Theory and Social Justice. Florianó-polis: Nefiponline, 2012. 210p.

PINZANI, Alessandro. Justiça Social e Carências. In: PINZANI, Alessandro, TONETTO, Milene (org.). Critical Theory and Social Justice. Florianópolis: Nefiponline, 2012. p. 134 – 159.

PINZANI, Alessandro. “Teoria Crítica e Justiça Social”. In: Civitas, Porto Alegre: n.1, 2012, pp. 88 – 106.

________. “De objetos da política a sujeitos da política: dar voz aos pobres”. In: Ética, Floria-nópolis: n. 3, 2011, pp. 83 – 101.

ROCHA, Carmen Lúcia Antunes. O mínimo existencial e o princípio da reserva do possível. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.

SCANLON, T. M. “Preference and Urgency”. In: The Journal of Philosophy, Princeton: v.72, n. 19, 1975, pp. 655 – 669.

SCHWANDT, Michael. Kritische Theorie: Eine Einführung. 1.ed. Stuttgart: Schmetterling Verlag, 2009. 240p.

SOBOTTKA, Emil, STRECK, Danilo. When local Participatory Budgeting turns into a participatory system: challenges of expanding a local democratic experience. In: OLIVEIRA, Nythamar de et.al. (org.). From Social to Cyber Justice: Critical views on Justice, Law, and Ethics. Porto Alegre: PUCRS, 2018. p. 47 – 72.

STAHL, Titus. Immanente Kritik: Elemente einer Theorie sozialer Praktiken. Frankfurt am Main: Campus Verlag, 2013. 475p.

TAYLOR, Charles. Argumentos Filosóficos. Tradução Adail Sobral. São Paulo: Loyola, 2000. 311p. (Temas de Atualidade).

WALZER, Michael. Gesellschaftskritik und Gesellschaftstheorie. In: FORST, Rainer et.al. Sozialphilosophie und Kritik. 1.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2009. p. 588 – 607.

WESCHE, Tilo. Reflexion, Therapie, Darstellung: Formen der Kritik. In: JAEGGI, Rahel, WESCHE, Tilo (orgs.). Was ist Kritik? 3. ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2013. p. 193 – 220.

Downloads

Publicado

2019-02-20

Como Citar

ASSAI, José Henrique. “MAIS IDH” E FILOSOFIA SOCIAL: UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA SOCIAL. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 9, n. 18, p. 71–86, 2019. DOI: 10.26694/pensando.v9i18.7671. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3453. Acesso em: 22 jul. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.