A regulação do trabalho e a crise do estado capitalista
Keywords:
Regulação do trabalho, Crise do Estado capitalistaAbstract
Na história das sociedades, podemos constatar que há registros da adoção de medidas de intervenção nas relações de trabalho em todas as épocas, até mesmo nas mais remotas, quando ainda nem sequer se cogitava de chamar de “Estado” uma sociedade politicamente organizada.Porém, no passado, o trabalho humano se realizava com finalidades e em contextos completamente distintos1 dos verificados a partir do advento do Capitalismo Industrial, no meado do século XIX, quando surge o chamado “trabalho assalariado”. Desde então, a alienação da própria força de trabalho ao detentor do capital tornou-se condição quase insuperável para a subsistência da imensa maioria das populações, restando a cada trabalhador, como única alternativa a essa condição, transformar-se, ele próprio, em capitalista, o que é exceção à regra. Essa forma de trabalho humano deu ensejo a uma exploração sem precedente do homem pelo homem, seja em termos de generalização da sua prática como da alienação dos indivíduos
References
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaios sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo, Boitempo Editorial, 2001.
ANTUNES, Ricardo. Construção e desconstrução da legislação social no Brasil. In: ANTUNES, Ricardo (org). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil, p. 499-508. São Paulo, Boitempo Editorial, 2006.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. 14ª Ed. São Paulo: Cortez, 2010.
ARRETCHE, Marta T. S. Emergência e Desenvolvi9mento do Welfare State: Teorias Explicativas. In: Bib. Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais, no. 39, 1º. semestre de 1995, p. 3-40. Disponível na Internet no endereço: http:// www.fflch.usp.br/dcp/html/martaarretche.html . Acesso em 01/ 01/2011.
ARIENTI, Wagner Leal. Uma análise regulacionista das reformas do estado capitalista: rumo ao estado pós- fordista? Santa Catarina: UFSC, Revista Textos de Economia, v. 8, n. 1, p. 1-36, 2002, p. 1-36. Disponível em: http:// www.periodicos.ufsc.br/index.php/economia/article/view/ 6059/5628.
BONANNO, Alessandro. A globalização da economia e da sociadade: fordismo e pós-fordismo no setor agroalimentar. Center for Digital Discourse and Culture, Virginia, 2011. Disponível em: http://www2.cddc.vt.edu/ digitalfordism/fordism_materials/Bonanno.pdf .
CORIAT, Benjamin; SABOIA, João. Regime de acumulação e relação salarial no Brasil: um processo de fordização forçada e contrariada. Tradução de Ricardo Brinco, do original “Regime d’Accumiilation et Rapport Salarial au Brésil - Un Processus de Fordisation Forcée et Contraiiée”. In: Ensaios FEE, Porto Alegre, 9(2):3-45, 1988. Revista eletrônica Fetiche. Disponível em: http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/ article/viewFile/1213/1565 .
BOLTANSKI, Luc & Chiapello, Ève. O novo espítiro do Capitalismo. São Paulo, Martins Fontes, 2009, pp. 31 a 79, 83
a 132 e 285 a 347.
DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, estado e futuro do capitalismo. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
GAMBINO, Ferruccio. Crítica ao fordismo da escola regulacionista. Disponível em: www.revistaoutubro.com.br/ edicoes/04/iyt4_04.pdf .
FARIAS, Flávio Bezerra de. Aulas no Curso de Doutorado em Políticas Públicas. São Luís, nov. 2011.
FARIAS, Flávio Bezerra de. O Estado capitalista contemporâneo: para a crítica das visões regulacionistas. São Paulo, Cortez, 2000 (Coleção Questões da Nossa Época; v. 73).
FARIAS, Flávio Bezerra de. A crise do capitalismo global: análise marxista. Exposição baseada em investigação realizada no 1º trimestre de 2009, na Universidade Paris-Nord. Paris: [2009].
FERRARI, Irani; NASCIMENTO, Amauri Mascaro; MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. História do Trabalho, do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho. São Paulo: Ltr, 1998.
FREEMAN, Alan. O império contra-atacou? In: A Crise do capitalismo globalizado. CARRION, Raul K. M.; VIZENTINI, Paulo Fagundes [orgs.]. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000, pp. 39-61.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Vol. 4: temas de cultura; ação católica; americanismo e fordismo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001.
HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultura. 21ª ed. São Paulo, Loyola, 2011.
HUGON, Paul. História das doutrinas econômicas. 14ª Ed. São Paulo: Atlas, 1995.
LIPIETZ, Alain. Audácia: uma alternativa para o século 21. Trad. Estela dos Santos. São Paulo, Nobel, 1991.
MARX, Karl. O Capital. São Paulo, Centauto Editora, 2005. OFFE, Claus. Problemas estruturais do estado capitalista. 1ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984.
SABEL, Charles; PIORE, Michael. The second industrial divide. Nova York: Basic Books, 1984.
SANTOS, Boaventura S. O regresso do Estado?. Publicado pela primeira vez em “Visão” (http://aeiou.visao.pt/), de 16-03- 2006. Disponível em: Regrhttp://macroscopio.blogspot.com/ 2006/03/o-regresso-do-estado-por-boaventura-s.html .
Acesso em 17-05-2011.
STIGLITZ, Joseph. O fim do neoliberalismo? Publicado em 21-07-2008 e disponível em http://ferrao.org/2008/07/joseph- stiglitz-o-fim-do-neoliberalismo.html . Acesso em 17-05-2011. SÜSSEKIND, Arnaldo. MARANHÃO, Délio. VIANNA, Segadas.
Instituições de Direito do Trabalho. 12ª Ed., São Paulo: LTr, 1991.
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 INFORME ECONÔMICO (UFPI)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.