Uma análise institucionalista de três intérpretes brasileiros sobre a influência portuguesa na formação do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26694/2764-1392.808Palavras-chave:
Sentido da Colonização, Patrimonialismo, Estado Estamental, institucionalismo, instintosResumo
Este trabalho tem o intuito de analisar a influência portuguesa na formação do Brasil a partir da lente da teoria institucionalista vebleniana, mais especificamente, através da contribuição teórica desenvolvida pela tese de Freitas (2019). A partir dessa perspectiva teórica, se analisa o trabalho de três intérpretes brasileiros, buscando elementos que corroboram para a ideia de que a experiência colonial gerou influências importantes para a afloração de motivações (instintos) predatórias, influenciando, por sua vez, a formação institucional do país e sua trajetória de desenvolvimento econômico, pautada na desigualdade e atraso tecnológico. A essência de cada intérprete deixa claro a sensação de que, no Brasil, as motivações econômicas da sociedade vão no sentido de privilegiar hábitos de predação, como a acumulação de riqueza, a restrição de oportunidades às classes subordinadas, o uso do aparato Estatal para privilégio da elite latifundiária e o uso ilimitado da propriedade como instrumento de poder.
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