PRODUÇÃO DE SEMENTES DE MILHO CRIOULO EM CONSÓRCIO COM ADUBOS VERDES

Autores

  • Antonio Pereira de Queiroz Neto
  • Pedro Henrique Neves dos Santos
  • Luzineide Fernandes de Carvalho
  • Cristiane Lopes Carneiro d' Albuquerque
  • Genival Celso Pereira da Silva
  • Carlos Eduardo Carvalho dos Santos Lira

DOI:

https://doi.org/10.26694/1517-6258.346

Palavras-chave:

PRODUÇÃO DE SEMENTES DE MILHO CRIOULO, MILHO CRIOULO, ADUBOS VERDES

Resumo

O milho (Zea mays L.) é provavelmente uma das espécies cultivadas com maior diversidade genética (PATERNIANI et al., 2000). Existe variabilidade genética tanto para caracteres relacionados à adaptação ambiental, quanto para aqueles que não têm influência na vantagem adaptativa (TEIXEIRA et al., 2002).

   Populações crioulas, também conhecidas como locais ou landraces, são materiais importantes para o melhoramento pelo elevado potencial de adaptação que apresentam para condições ambientais específicas (PATERNIANI et al., 2000).

   Em condições na qual é empregada baixa tecnologia de cultivo, as variedades crioulas podem apresentar rendimento semelhante ou superior às variedades comerciais. Existem também outras vantagens no uso de variedades locais, como resistência a pragas, doenças e desequilíbrios climáticos. As sementes podem ser armazenadas para safras seguintes, diminuindo assim, o custo investido na produção. Segundo Cecarelli et al. (1994), o ganho ambiental também é superior, uma vez que o uso de variedades crioulas, adaptadas localmente, mantém a diversidade genética das espécies, podendo servir de fonte para o melhoramento.

   A utilização da adubação verde, por sua vez, é uma prática promissora para manutenção da fertilidade do solo (ALCÂNTARA et al., 2000). Outros motivos citados por outros autores é a presença de um sistema radicular geralmente profundo e bem ramificado, proporcionando maior capacidade de extrair nutrientes de camadas mais profundas do solo.  Além do papel de conservação e fertilização dos solos, produzem pólen e néctar, atraindo e abrigando inimigos naturais, com impactos positivos na proteção contra pragas e doenças (ALVES et al., 2004).

   Neste contexto, torna-se interessante o uso da consorciação, pois além da otimização da área de plantio, a cultura principal pode ser beneficiada pelo nitrogênio fixado pela leguminosa, seja pela excreção direta de compostos nitrogenados e pela decomposição dos nódulos e raízes, ou mais intensamente pelo corte da parte aérea da leguminosa que irá se decompor e liberar nutrientes durante o desenvolvimento da cultura principal (CASTRO et al., 2004).

   O sucesso técnico provindo do consórcio entre milho e adubos verdes deve seguir certos critérios, como a densidade correta e época de corte dos adubos verdes. Deve-se evitar a competição entre eles por meio de um manejo correto, melhorando assim a produtividade.

   Desse modo, no presente trabalho foram avaliadas as características agronômicas e o rendimento de sementes de milho crioulo em consórcio com Crotalária juncea e cunhã.

Referências

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Publicado

2020-10-13