Emilie de Villeneuve: madre superiora e intelectual católica
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v2i3.11590Palavras-chave:
Intelectual, Mulher, ReligiosaResumo
Muitas mulheres intelectuais religiosas ou laicas se destacaram e (se destacam), ao longo da História. Do primeiro grupo, que nos interessa aqui, é possível citar Faltonia Betitia Proba (séc. IV), poetisa, a Egéria (sec. IV/V), Aelia Eudoxia Augusta (séc. IV/V), ou ainda Edith Stein, uma judia que morreu no campo de concentração de Auschwitz, Polônia, em 1942. Canonizada como Santa Teresa Benedita da Cruz, foi uma filósofa e teóloga alemã, e segunda mulher a defender uma tese de doutoramento na Alemanha. Dentre muitas outras que deixaram contribuições notáveis para várias áreas do conhecimento. Para tanto, o objetivo desse trabalho é explorar e analisar a trajetória e alguns escritos de Santa Emilie de Villeneuve, fundadora da Congregação das Irmãs Azuis. Nascida em uma família da nobreza francesa ainda no início do século XIX, Madre Marie, como ficou conhecida, deixou um conjunto de cartas. Algumas delas foram endereçadas à sua família, outras à missionárias em África. É dela também, o Regulamento e as Constituições da Congregação, fundada por ela. Esses últimos (Regulamento e as Constituições) demonstram o domínio de Madre Emilie sobre as questões internas da Igreja e, consequentemente, do campo teológico.
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