POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INFÂNCIA: DA MONOLOGIA INSTITUCIONAL À EPISTEMOLOGIA POLIFÓNICA
(Portugal)
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v7i3.7848Palabras clave:
Políticas públicas para a infância, Epistemologia polifónica, Participação infantil, Justiça epistémica, Sociologia da InfânciaResumen
Este artículo propone una reflexión crítica sobre las políticas públicas para la infancia en contextos lusófonos, tomando como referencia los casos de Portugal y Brasil, a partir del concepto de epistemología polifónica. Se sostiene que, a pesar de los avances normativos en el ámbito de los derechos de la infancia, persiste una matriz institucional monológica, marcada por lógicas adultocéntricas, tecnocráticas y tutelares, que limitan el reconocimiento de los niños y las niñas como sujetos políticos y autores sociales competentes. Inspirada en el concepto de polifonía y en su articulación con la Sociología de la Infancia y las Epistemologías del Sur, la epistemología polifónica se presenta como un marco teórico-ético que integra tres dimensiones fundamentales: el derecho a la cultura, el derecho a la autonomía y el derecho al reconocimiento. El análisis evidencia la necesidad de reconfigurar los paradigmas de gobernanza, promoviendo políticas públicas basadas en la escucha, la coautoría y la justicia epistémica. Se defiende, así, una transformación de las prácticas políticas e investigativas mediante enfoques participativos que sitúen a los niños y las niñas en el centro de los procesos de toma de decisiones, contribuyendo a una democracia más plural, dialógica e inclusiva.
Descargas
Citas
ABEBE, T. Reconceptualising children's agency as continuum and interdependence. Social Sciences, v. 8, n. 3, p. 81, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.3390/socsci803008. Acesso em: 12 out. 2025.
ABEBE, T.; DAR, A.; LYSA, I. M. Southern theories and decolonial childhood studies. Childhood, v. 29, n. 3, p. 255–275, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1177/09075682221111690. Acesso em: 15 out. 2025.
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski. Forense-Universitària, 2008 [1929].
BALAGOPALAN, S. Childhood, culture and history: redeploying “multiple childhoods”. In: SPYROU, S.; ROSEN, R.; COOK, D. (Eds.). Reimagining Childhood Studies. London: Bloomsbury Academic, 2018. p. 23-39.
BHAMBRA, G. K. Postcolonial and decolonial dialogues. Postcolonial Studies, v. 17, n. 2, p. 115–121, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13688790.2014.966414. Acesso em: 10 nov. 2025.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA). Resolução n. 119, de 11 de dezembro de 2006. Brasília, DF, 2006. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselho-nacional-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente-conanda/conanda. Acesso em: 6 nov. 2025.
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República, 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 4 nov. 2025.
BRASIL. Plano Nacional Primeira Infância: 2010-2022 | 2020–2030. 2. ed. rev. e atual. Brasília, DF: RNPI/ANDI, 2020. Disponível em: https://primeirainfancia.org.br/wp-content/uploads/2020/10/PNPI.pdf. Acesso em: 6 nov. 2025.
BRITO, D. Sociologia da infância e o direito de voz das crianças: reflexões sobre o conceito de polifonia. Sociedad e Infancias, v. 8, n. 2, p. 263-273, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.5209/soci.97558. Acesso em: 10 nov. 2025.
BRITO, D. Polifonia e o direito de voz das crianças: diálogos entre a sociologia da infância e a educação musical da infância. 2025. Tese (Doutoramento) – Universidade do Minho, Braga, 2025. Disponível em: https://hdl.handle.net/1822/94998. Acesso em: 10 nov. 2025.
GAITÁN, L. Políticas de infância. In: TOMÁS, C.; TREVISAN, G.; CARVALHO, M. J. L.; FERNANDES, N. (Eds.). Conceitos-chave em Sociologia da Infância: perspetivas globais. Braga: UMinho Editora, 2021. p. 179-186.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
HARDMAN, C. Can there be an Anthropology of Children? Childhood, v. 8, p. 501-517, 2001.
HONNETH, A. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Ed. 34, 2009.
JAMES, A. Giving voice to children’s voices: practices and problems, pitfalls and potentials. American Anthropologist, v. 109, n. 2, p. 261-272, 2007.
MIGNOLO, W. Epistemic Disobedience and the Decolonial Option: A Manifesto. Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of the Luso-Hispanic World, v. 1, n. 2, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.5070/T412011807. Acesso em: 10 nov. 2025.
RESOLUÇÃO da Assembleia da República n.º 75/2012, de 28 de maio. Diário da República, n.º 103/2012, Série I.
RESOLUÇÃO do Conselho de Ministros n.º 112/200, de 18 de dezembro. Diário da República, n.º 245/2020, Série I.
RIZZINI, I. Para além do adultocentrismo: atuação intergeracional em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Sociedad e Infancias, v. 8, p. 239-263, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.5209/soci.97511. Acesso em: 10 nov. 2025.
SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, B.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 31-83.
SANTOS, B. S. Epistemologies of the South: Justice against epistemicide. London: Routledge, 2014.
SANTOS, B. S. Introdução às epistemologias do Sul. In: SANTOS, B. S. Construindo as epistemologias do Sul: para um pensamento alternativo de alternativas. Buenos Aires: CLACSO, 2018. p. 297-336. Organizado por Maria Paula Meneses, João Arriscado Nunes, Carlos Lema Añón, Antoni Aguiló Bonet e Nilma Lino Gomes. ISBN 978 987 722 382 8.
SARMENTO, M. J. As culturas da infância nas encruzilhadas da segunda modernidade. In: SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B. (Eds.). Crianças e miúdos: perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Lisboa: Asa, 2004. p. 9-34.
SARMENTO, M. J. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, V. M. R.; SARMENTO, M. J. (Eds.). Infância (in)visível. Lisboa: Junqueira & Marin, 2007. p. 25-49.
SARMENTO, M. J. Sociologia da infância: correntes e confluências. In: SARMENTO, M. J.; GOUVEA, M. C. S. (Eds.). Estudos da Infância: educação e práticas sociais. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 17-39.
SARMENTO, M. J. Vicissitudes do ofício de aluno: De novo, o insucesso escolar em questão. In: AFONSO, A. J.; PALHARES, J. A. (Org.). Entre a Escola e a Vida: A condição do jovem para além do ofício de aluno. Porto: Fundação Manuel Leão. p. 31-48.
SARMENTO, M. J.; FERNANDES, N.; TOMÁS, C. Políticas Públicas e Participação Infantil. Educação, Sociedade e Culturas, v. 25, p. 183-206, 2007.
















