A reeducação das relações étnico-raciais e a série Everybody Hates Chris: algumas notas
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v1i3.9906Palabras clave:
Educação, Everybody Hates Chris, Racismo, Relações Étnico-Raciais, SeriadosResumen
O artigo analisa os episódios que compõem a primeira temporada do seriado norte-americano Everybody Hates Chris e dialoga com a bibliografia das ciências humanas e sociais sobre a questão racial (NOGUEIRA, 2006), (BICUDO, 1955) a fim de: (1) debater as configurações das relações étnico-raciais no Brasil e nos Estados Unidos; (2) identificar como a questão racial é tratada na série; (3) discutir as possibilidades para a reeducação das relações étnico-raciais no ambiente escolar. As considerações finais do presente artigo perpassam pelo reconhecimento do racismo como um sistema operante no Brasil, apesar da valorização da mestiçagem como elemento formador do povo brasileiro, a compreensão do racismo como processo de não reconhecimento da individualidade de sujeitos negros e a presença de elementos semelhantes entre a questão racial apresentada na série e a realidade social brasileira.
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Citas
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