Arquivos e História da Educação (1ª parte)
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v3i2.13244Resumen
Este número da Revista Caminhos da Educação traz o Dossiê temático Arquivos e História da Educação, organizado pelas professoras Alexandra Lima da Silva e Maria Celi Chaves Vasconcelos. A ideia deste Dossiê surgiu na disciplina Estudos Avançados em História da Educação II, ministrada no primeiro semestre de 2021, no Programa de PósGraduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
A referida disciplina, obrigatória para o curso de doutorado, procura refletir a respeito do debate proporcionado pela renovação historiográfica, privilegiando o exame de questões relativas à escrita da história da educação brasileira, sujeitos, instituições e saberes
envolvidos nesta prática.
A partir da conversa com pesquisadoras do campo, e da leitura do livro
(DES)ARQUIVAR: Arquivos Pessoais e ego-documentos do Tempo Presente, de Maria
Teresa Santos Cunha (2019), a turma foi instigada a produzir artigos a respeito dos
Arquivos e História da Educação. Na linha do que propõe Cunha, o “dever de memória” propicia protagonismo aos arquivos pessoais, institucionais, públicos e privados, renovando a pesquisa e deslocando a lógica do documento/monumento, para dar espaço aos guardados, às coleções, aos egodocumentos, aos recortes, aos arquivos escolares, aos impressos, aos acervos digitais, enfim, a um infinito de possibilidades que se abrem ao pesquisador que, por meio de suas indagações, pode transformá-los em fontes.
É com essa finalidade que apresentamos o Dossiê em pauta, cujos artigos que se O artigo Arquivos Digitais: possibilidades de pesquisa no campo da História da
Educação, de Daise Silva dos Santos procura discutir a importância dos arquivos digitais
num cenário de pandemia de COVID-19.
Em Escritas Migrantes e Escritas Refugiadas como formação de identidades de
mulheres na diáspora, Rosane Pereira Marques explora as possibilidades das escritas de
mulheres na diáspora em situações de vulnerabilidade e também as questões que perpassam gênero e xenofobia, além da importância da educação para mulheres e meninas, que ocorre paralelamente à feminização da migração e do refúgio.
O artigo Onde está Maria Beatriz Nascimento na história da educação? Algumas reflexões sobre apagamentos e direito à memória, de Rosineide Freitas, objetiva contribuir com as reflexões sobre a importância de intelectuais negras para as pesquisas em História da Educação, a partir da trajetória de Maria Beatriz Nascimento, historiadora e intelectualnegra
do tempo presente.
Por fim, o artigo De vida infantil à vida juvenil: uma jornada pelos arquivos, de Mariana Elena Pinheiro dos Santos de Souza, busca traçar um panorama relativo à relação
arquivos e periódicos voltados ao público infanto-juvenil.