Editorial

Abstract

Encerramos 2024 com a edição especial do volume 6, número 3, da Revista Caminhos da Educação: diálogos, culturas e diversidades, uma publicação que reafirma seu compromisso com a pluralidade e a inovação no campo educacional. Este último número do ano é um marco por seu enfoque internacional, envolvendo colaborações de pesquisadores da Espanha, Portugal e Estados Unidos, além de discussões fundamentais no contexto brasileiro.

Ao longo do ano, publicamos 31 artigos organizados em três edições ricas e diversificadas. O primeiro número trouxe o dossiê Educação e Música: Explorando Paisagens Sonoras e Impactos na Permanência Estudantil, abordando temas que conectam práticas musicais ao ambiente escolar. O segundo número destacou o dossiê Bandas de Música: Educação, Cultura e Transformação Social, ampliando debates sobre inclusão e inovação pedagógica. Agora, nesta última edição, celebramos a contribuição de pesquisas globais e temáticas emergentes.

Esta edição inicia com o estudo de Felipe de Souza Araújo e Rui da Silva sobre a atuação de organizações não governamentais na educação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), mapeando sua influência e impacto no desenvolvimento educacional local. Seguindo o foco internacional, Alexandra Lima da Silva e Rhonda Collier investigam as Historically Black Colleges and Universities (HBCUs), instituições historicamente negras nos Estados Unidos, ressaltando sua relevância para a história da educação e pertencimento afrodescendente.

No campo da inclusão, Thaíssa Chriszielen Vasconcelos dos Santos e sua equipe apresentam uma revisão integrativa sobre ferramentas didáticas para alunos com cegueira no ensino de Ciências, apontando caminhos para uma prática educativa mais acessível. Complementando essa perspectiva, Túlio Villafane-Fernandez explora cursos livres de etiqueta online, analisando como tais formações podem ser estruturadas para diferentes públicos em plataformas digitais.

Simone Burioli e Marcela Silva da Cunha investigam as contribuições do Museu Escolar de Londrina para a memória da educação, destacando os jornais e impressos como fontes históricas valiosas. Já Beatriz Hobus Campestrini e Valesca Brasil Irala analisam o uso do microlearning em redes sociais por estudantes universitários, propondo reflexões sobre os desafios e potencialidades dessa estratégia educacional.

A edição também contempla análises teóricas profundas, como a de Otávio Florentino Detoni sobre a relação entre educação e validação social, baseada em Adam Smith e Thorstein Veblen, e o debate sobre regulamentação da educação domiciliar no Brasil, conduzido por Soraia Andréa Gomes Castro e Stefania de Resende Negri. Vanessa Santos Almeida e Ida Carneiro Martins abordam a subjetividade na educação especial, enquanto Érina Ribeiro Andrade reflete sobre a constituição da subjetividade docente no estágio supervisionado.

O ano de 2024 foi excepcionalmente produtivo para a revista, consolidando-a como um espaço de diálogo acadêmico de alta relevância. Agradecemos aos autores que confiaram em nossa publicação, aos avaliadores que garantiram a qualidade dos textos e aos leitores que nos acompanham e inspiram.

Com entusiasmo e otimismo, desejamos que 2025 seja ainda mais fecundo em contribuições acadêmicas e diálogos transformadores. Seguimos juntos na construção de uma educação plural, inclusiva e inovadora.

                                                                                                                                                                                       Boa leitura!