COVID-19 E DIABETES MELLITUS: REPERCUSSÕES METABÓLICAS, INFLAMATÓRIAS E OXIDATIVAS
DOI:10.29327/261865.4.1
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Palavras-chave

SARS-CoV-2
Hiperglicemia
Espécies Reativas de Oxigênio

Resumo

A doença do coronavirus (Covid-19) concomitante a presença do diabetes é associada a maior gravidade e aumento da mortalidade. Esta revisão se propõe a compreender as repercussões glicêmicas, inflamatórias e oxidativas envolvidas na interação entre Covid-19 e Diabetes mellitus. Trata-se de uma revisão narrativa elaborada a partir de buscas na base de dados PubMed (Medline) utilizando as palavras chaves “Covid-19” e “Diabetes mellitus”, cobrindo o período de 2020 a 2022. A hiperglicemia foi relacionada ao aumento da replicação do vírus, intensificação do processo inflamatório e presença de estresse oxidativo, contribuindo para a disfunção imunológica e alterações nos receptores de ECA2. Os hipoglicemiantes metformina, agonistas de receptor peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1) e os inibidores de SGLT-2 foram associados a menores taxas de mortalidade. O processo inflamatório e estresse oxidativo decorrem de mecanismos que incluem o comprometimento de vias contraregulatórias da inflamação; facilitação da entrada e ligação do vírus com receptor na superfície celular; superprodução de citocinas inflamatórias; aumento da produção de superóxido; aumento da produção de óxido nítrico; e liberação de ferro livre pela quebra da hemoglobina. O uso de antioxidantes destaca-se por constituir uma perspectiva promissora de tratamento.

 

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