UMA EPISTEMOLOGIA JAMAIS DESATUALIZADA DA PSICOLOGIA

Resumo

Esta resenha avalia Psicologia: uma (nova) introdução, dos autores brasileiros Luís C. Figueiredo e Pedro de Santi (2013). A obra apresenta uma visão histórico-crítica da psicologia, argumentando sua constituição como ciência no século XIX, embora apresente bases desde a Antiguidade. Exploram-se as precondições socioculturais essenciais, como a ascensão e posterior crise da subjetividade privatizada, que impulsionaram seu desenvolvimento. Detalham-se os desafios na delimitação do objeto e métodos próprios da psicologia (mencionando, por exemplo, W. Wundt e o comportamentalismo) para firmar-se como disciplina autônoma. A análise também abarca a consolidação da psicologia como profissão e seu impacto como fenômeno cultural, alertando para os riscos de simplificação e distorção. A recensão observa uma possível influência da orientação psicodinâmica dos autores na interpretação de outras escolas epistemológicas; todavia, conclui que o livro permanece sendo uma referência indispensável e atualizada para a compreensão das bases filosóficas e teóricas da psicologia moderna, sublinhando sua contínua relevância.