Imersão e emoções no campo antropológico
algumas reflexões
Palabras clave:
trabalho de campo, alteridade, emoções, imersão, observação participanteResumen
Por meio deste trabalho busco apresentar alguns questionamentos e inquietações quanto a pesquisa de campo mais imersivo na Antropologia. Partindo de um diálogo possível entre os autores Foot-White (2005), Kulick (2008), Jackson (2010) e Rojo (2015 e 2010), enfoco nas emoções que estes expressam ter sentido em seus campos de pesquisa ao decidirem estar em contato contínuo e prolongado com seus interlocutores, comparando esta forma de trabalho de campo, com o estudo que desenvolvi anteriormente, em outra área das ciências humanas. Procuro demonstrar como as interpretações quanto a imersão no mundo cosmológico do “outro”, exposto por estes autores e suas noções de alteridade, me colocaram em um estado reflexivo quanto a minha própria pesquisa e minha disposição em expor meu corpo e meus sentimentos, para fazer ciência. Influenciada a pensar quanto às minhas próprias limitações pessoais como pesquisadora, tais concepções me auxiliaram a decidir entre um campo mais ou menos imersivo.