Autores de nós mesmos
A construção do intelectual brasileiro no século XXI
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.vol15i36.6066Palavras-chave:
Intelectual, Filosofia Brasileira, Intérpretes do BrasilResumo
A função do intelectual se liga, por vários caminhos, à vida pública onde impera o debate público. Ele dificilmente fala em nome próprio, pois sua vocação está ligada ao espaço da construção social, por isso sua relação com a cidade é tensa. Sendo uma figura recente entre nós, o intelectual desempenha um papel de alguém que questiona o mundo e, ao mesmo tempo, deve ser questionado pela função que desempenha. Daí, ganha força a questão sobre quem são os intelectuais que nos representam. Neste artigo, ponho em questão a tríade intelectual de 1943 – Gilberto Freire, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior – como candidatos a intelectuais entre nós. Primeiro, analiso qual é a função dos intérpretes do Brasil e, depois, explicito alguns elementos sobre a coerência dessa interpretação. Tudo isso para responder à questão: por que essa tríade foi apresentada desde a década de 40 do século passado como “os intérpretes” do Brasil? O que isso diz sobre nossa identidade cultural e intelectual?
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