ARTE E VERDADE: DA IMITAÇÃO À APRESENTAÇÃO DA VERDADE EM PLATÃO E HEGEL
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v3i6.986Palavras-chave:
Platão, Hegel, Ideia, arte, verdade, idealismoResumo
A comunicação tem como propósito uma análise comparativa sobre o problema filosófico da arte como expressão de verdade, tendo em vista o idealismo platônico e o idealismo estético moderno de G.W. Hegel. Parte-se da hipótese que a presente análise sustenta uma relação paradoxal entre ambas as propostas idealistas, na medida em que se em Platão é afirmada a tese da arte como distanciamento da verdade, considerando o seu caráter essencialmente mimético, em Hegel, a arte ao constituir-se como momento de realização efetiva (Wirklichkeit) do Espírito só pode ser assim compreendida a partir do paradigma da ideia, de inspiração platônica. Ressalta-se a compreensão da arte oriunda da teoria metafísica platônica e de sua concepção idealista de aisthesis, bem como o caráter científico da estética, segundo Hegel, cuja fundamentação filosófica reivindica a compreensão da ideia, enquanto razão absoluta que se autodesdobra historicamente e se efetiva nos limites da finitude sensível. Pretende-se mostrar que a pretensa superação hegeliana da concepção idealista platônica acerca da arte não pode prescindir do fundamento do platonismo - a ideia universal, o infinito.
Referências
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