A natureza ortodoxa ou heterodoxa da política econômica em Angola: o período 2004-2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/2764-1392.5835%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Palavras-chave:

Ortodoxia, Heterodoxia, Moeda, Estado, Angola

Resumo

Este artigo discute a ortodoxia e a heterodoxia da política econômica, tanto do ponto de vista teórico, quanto da análise empírica das políticas monetária e fiscal de Angola no período 2004-2018. Nas primeiras seções, se estabelece o critério de classificação das teorias econômicas como ortodoxas e heterodoxas, e se descrevem as principais ideias da ortodoxia econômica, em termos de papel da moeda e do Estado. Em seguida, se faz o mesmo processo para duas heterodoxias, a pós-keynesiana e a marxista. Finalmente, e com base na descrição prévia, analisa-se a evolução das políticas monetária e fiscal de Angola, com relação aos problemas de crescimento do produto e redução do desemprego e da inflação, quanto ao seu caráter ortodoxo ou heterodoxo.

Biografia do Autor

Heitor Simão Ambrósio, Embaixada de Angola-Faculdade Unyleya

Doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (UnB-2019). Mestre em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU-2014). Licenciado em Economia e Gestão pela Universidade Jean Piaget (Uni-Piaget-2008). Pós-graduação em Docência do Ensino Básico e Superior pela Faculdade Estratego (cursando-2020-2021). Extensão em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional para África pela Universidade de Brasília (UnB). Tem interesse na área de Ciências Econômicas, com ênfase em Teoria Econômica (Macroeconomia Monetária e do Desenvolvimento), Economia Política do Desenvolvimento, Economia Internacional, História Econômica e do Pensamento Econômico, Economia Regional e Desigualdades Regionais (Mundo, África, SADC e Angola) e Economia e História Econômica e Social de Angola. Professor e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Crédito e Cobrança pela Faculdade Unyleya (atual). Parecerista da revista Informe Econômico (UFPI) (ISSN 1517-6258). Colaborador na Embaixada de Angola (atual), Assessoria e Consultoria Internacional sobre Assuntos Econômicos Internacionais (Economia de África e de Angola) pelo Instituto Liberty.

Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, Universidade de Brasília

Maria de Lourdes Rollemberg Mollo possui graduação em Economia pela Universidade de Brasília (1973), mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (1977) e doutorado em Monnaie, Finance et Banques – Université de Paris X, Nanterre (1989). É professora titular da Universidade de Brasília. Tem publicações e pesquisas nas áreas de Economia Monetária, Economia Política, História do Pensamento Econômico e, mais recentemente na área de Economia do Turismo. Trabalha atualmente com os temas: instabilidade financeira, política monetária, papel do Estado, controvérsias em economia monetária.

Referências

AFTALION F.; PONCET P. O monetarismo. Lisboa: Editorial Notícias, 1981.

BANCO MUNDIAL. Indicators Angola, 2019.

Disponível em: https://www.worldbank.org/pt/country/angola. Acesso em: 10 jan. 2019.

BANCO NACIONAL DE ANGOLA. Definições e indicadores: 2019.

Disponível em: http://www.bna.ao/. Acesso em: 10 jan. 2019.

BANCO NACIONAL DE ANGOLA. Missão e funções.

Disponível em: https://www.bna.ao/#/pt/banco/missao-funcao. Acesso em: 18 jun. 2024.

BRUNHOFF, S. Estado e Capital: uma análise da política econômica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985.

BRUNHOFF, S.; FOLEY, D. Karl Marx’s theory of money and credit. In: ARESTIS, P.; SAWYER, M. (ed.). A handbook of alternative monetary economics. Chelteham – UK /Northampton – USA: Edward Elgar, 2006.

DAVIDSON, P. Controversies in post Keynesian economics. Aldershot, UK – Brookfield, US: Edward Elgar, 1991.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio do século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1910-1989.

GOULARTI FILHO, A.; CHIMBULO, A. E. da S. Política econômica de Angola de 1975 a 2012: A trajetória da mudança de modelos. Revista de Desenvolvimento Econômico, v. 16, n. 29, p. 92-105, dez., 2014.

HOLLOWAY, J. The State and everyday struggle. In: CLARKE, S. (ed.). The state debate. London: Macmillan, 1991.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – INE. Indicadores econômicos e sociais. Angola-Luanda, 2019. Disponível em: http://censo.ine.gov.ao/xportal/xmain?xpid=censo2014. Acesso em: 10 dez. 2018.

KEYNES, J. M. The General Theory of Employment. The Quarterly Journal of Economics, v. LI, n. 2, febr., 1937.

¬¬¬¬¬¬¬

KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Atlas, 1982.

KREGEL, J. Budget deficits, stabilization policy and liquidity preference: Keynes’s post-war policy proposals. In: VICARELLI, F. (ed.). Keynes’s relevance today. London: Macmillan, 1985.

MANKIW, N. G. Princípios de Macroeconomia. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

MARX, K. Contribuição à crítica da Economia Política. São Paulo: Martins Fontes, 1977.

MARX, K. Manuscrits de 1857-1858 (“Grundrisse”). Paris: Editions Sociales, 1980.

MARX, K. O Capital: o processo de produção do capital. Livro 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.

MILLIBAND, R. O Estado na sociedade capitalista. Rio de Janeiro:

Zahar, 1970.

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DE ANGOLA – MINFIN. Indicadores: Angola-Luanda, 2019. Disponível em: http://www.bna.ao/. Acesso: 10 jan. 2019.

MOLLO, M. L. R. A concepção marxista de Estado: considerações sobre antigos debates com novas perspectivas. Revista Economia, v. 2, n. 2, jul.-dez., 2001.

POULANTZAS, N. Poder político e classes sociais. v. II. Porto: Portucalense, 1971.

SARGENT, J. T.; WALLACE, N. Some Unpleasant Monetarist Arithmetic.

Federal Reserve Bank of Minneapolis: Quarterly Review, v. 5, n. 3, 1981.

VALÉRIO, N.; FONTOURA, M. P. A evolução econômica de Angola durante o Segundo Período Colonial: uma tentativa de síntese. Revista Análise Social, v. 29, p. 1193-1208, 1994.

TRADING ECONOMICS. Indicators: 2019. Disponível em: https://pt.tradingeconomics.com/angola/gdp-growth-annual. Acesso: 10 jan. 2019.

Downloads

Publicado

2024-06-25