FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NA EPISTEMOLOGIA DA PRÁXIS
DOI:
https://doi.org/10.26694/epeduc.v4i3.13266Palabras clave:
formação continuada, epistemologia da práxis, ProfessoresResumen
O artigo tem como objetivo refletir sobre a formação continuada de professores e sua inserção na epistemologia da práxis. Tratando-se de pesquisa qualitativa, foram analisadas as Diretrizes de formação continuada da Secretaria de Estado de Educação do de um Estado do Brasil e a resolução que regulamenta um Programa de Pós-Graduação em Educação de uma universidade pública. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 06 (seis) professores desta Secretaria de Educação que também fazem formação em cursos na Escola de Formação da referida Secretaria de Educação e no PPGE de uma universidade. O estudo fundamenta-se em Vázquez (2011), Marx (1845), Gramsci (1999, 2011), Curado-Silva (2014, 2016, 2018), Dantas (2007), dentre outros para abordar a epistemologia da práxis e a formação docente. Os resultados apontam que tal formação continuada está pautada na epistemologia da práxis, porém há ainda contradições que necessitam ser refletidas. Estes profissionais que receberam as formações aqui apontadas demonstram conscientes dos saberes e conhecimentos construídos no decorrer das formações. Contudo tais diferentes formações, uma por ser mais teórica e a outra por ser mais prática, levam os pesquisados a compreenderem a epistemologia da práxis como reflexo destes cursos, demonstrando mais ou menos conscientes de seu papel como educadores/professores. Em síntese, a formação continuada não sendo treinamento, não sendo acúmulo de conhecimento, nem complementação da formação inicial, constitui-se, portanto, de processo concreto de desenvolvimento humano e profissional.
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