DESTACANDO A NATUREZA ABSTRATA DA CIÊNCIA POR MEIO DA EPISTEMOLOGIA DE ISABELLE STENGERS
DOI:
https://doi.org/10.26694/epeduc.v6i3.4764Palavras-chave:
Isabelle Stengers, Epistemologia, Poder da ficção, Natureza da ciência, Ensino de CiênciasResumo
Este ensaio busca evidenciar as contribuições da epistemologia de Isabelle Stengers, para enfatizar a natureza abstrata da ciência. Para tanto, é feita uma discussão de alguns capítulos do livro A invenção das ciências modernas, em especial ao que se refere ao episódio histórico de Galileu Galilei e a luta contra Roma, que permitiu definir o que é científico por meio do poder da ficção. A partir disto, é destacado o uso da abstração na produção de conhecimento científico, diferente da expressão do real que é atribuída a ciência. Consequentemente, com estas discussões no espaço universitário, é possível alcançar cientistas em formação e fomentar o desenvolvimento de um olhar epistemológico que não propaga visões inadequadas, mas rejeita o idealismo da elucidação do universo utilizando da objetividade e neutralidade da experimentação; e, em seu lugar, atribui o papel do cientista e de seu poder de abstração como cruciais na atividade científica.
Referências
ALFONSO-GOLDFARB, A. M. O que é história da ciência. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
ANTUNES, E. P.; TEIXEIRA, Y. B. S.; FERREIRA, L. H. A Importância da Atividade Científica: concepções dos produtores de conhecimento químico de uma universidade pública. Ciência & Educação (Bauru), v. 26, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-731320200044. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/T8KzkdZ9X57Ys8yMFzV5tcg/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2023.
CACHAPUZ, A.; GIL-PÉREZ, D.; CARVALHO, A. M. P. de; PRAIA, J.; VILCHES, A. A necessária renovação do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 2011.
COSTA, N. C.; AZEVEDO, R. da S.; NETO, A. C. A. Aproximação entre realidade e “ficção matemática” de Isabelle Stengers, com o uso do Geogebra. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 286–301, 2020. DOI: 10.26571/reamec.v8i1.9295. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/9295. Acesso em: 20 jun. 2023.
CHAUÍ, M. A universidade pública sob uma nova perspectiva. Revista Brasileira de Educação, n. 24, p. 5-15, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000300002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/n5nc4mHY9N9vQpn4tM5hXzj/?lang=pt. Acesso em: 05 mar. 2023.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 5 ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998.
MASSONI, N. T.; MOREIRA, M. A. A visão epistemológica de Isabelle Stengers. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 8, n. 2, pp. 111-141, 2015.
MORIN, E. Ciência com Consciência. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2005.
PRIGOGINE, I.; STENGERS, I. A nova aliança: metamorfose da ciência. Brasília: Univ. de Brasília, 1991.
STENGERS, I. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.
TEIXEIRA, M. O. Humor, ciência e política em Isabelle Stengers. Livros & Redes, Hist. cienc. saude-Manguinhos, v. 11, n. 2, ago 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702004000200013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/znnNst4Xqs38vXwd8S7dJqB/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2023.