Cartografias Circulares de uma encantaria na Amazônia: entre convivências e afetos de suas ciências e educações
DOI:
https://doi.org/10.26694/rer.v7i2.6525Palavras-chave:
Cartografia; Encantarias; Amazônia.Resumo
Este artigo se propõe em cartografar uma encantaria na Amazônia, em fruição com os encontros afectuais de todos os povos em composições de gentes circulares. É constituído na ideia de estarmos em convivência e confluência em terras Amazônicas, sermos amazônidas, e nos posicionamos em aprender a ser gente ancestral em processos de descolonização e em composições poéticas de um cotidiano amazônico de encantarias e constituições tempo/espaço circulares. Mulheres, professoras, pesquisadoras, encantadas que cartografam encantarias que inventam uma constituição de seres encantadas que abrem mundos nos quais é possível povoar-se de ternura, vida, gentes, poesia, por um imaginário antropológico amazônico. Nos contamos a partir de histórias que ouvimos no cotidiano das nossas existências nos terreiros e águas. Nossos escritos são fundamentados na oralidade, através dos cantos, das conversas ensinamentos, nas práticas do fazer, numa epistemologia da ancestralidade. O círculo se apresenta como conexão corpo-encantaria e vida, conjugado pelas diferenças de seres e em confluências em processos de educação amazônica. Em suma, sentires, encontros, afetos, fotografias com/da encantaria na possibilidade de fazer existir educações outras.
Referências
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Kafka: por uma literatura menor. Tradução Cíntia Vieira da Silva. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2008.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia, Vol. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia, Vol. 4. Tradução de Suely Rolnik. São Paulo: Ed. 34, 1997.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha Mãe in Representações Performáticas Brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. (org) Marcos Antônio Alexandre. Belo Horizonte: Mazza edições, 2007.
FERREIRA, Tássio. Pedagogia da Circularidade Afrocênica: diretrizes metodológicas inspiradas nas ensinagens da tradição do Candomblé Congo-Angola. Tese (Doutorado - Doutorado em Artes Cênicas) -- Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, 2019.
JUNIOR, José Luís Abalos; VERAS, Hermes de Souza. Imagem, Religião e Território: Uma experiência de curadoria digital. Equatorial, v. 10. n.19. Jun. / Dez. 2023.
KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
RUFINO, Luiz. Miudeza da ancestralidade. In: SIMAS, L. A; RUFINO, L; HADDOCK-LOBO, R. Arruaças: uma filosofia popular brasileira. 1.ed. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 180-182.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SANTOS, Antonio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora, 2023.
SANTOS, Sandro Prado; MARTINS, Matheus Moura. Gêneros e sexualidades: por um devir menor da Educação em Biologia. In: SANTOS, Sandro Prado; MARTINS, Matheus Moura (Org.). Gêneros e sexualidades em redes: conversas com/na Educação em Ciências e Biologia. Uberlândia/MG: Culturatrix, 2022, p. 43-54.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: A ciência encantada das macumbas. ed. 1. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.










