A BANDA PASSA E A DÚVIDA FICA: PROFESSOR OU INSTRUTOR?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/caedu.v6i2.5537

Palavras-chave:

Educação Musical, Banda de Música , Prática docente

Resumo

Esse artigo aborda um cenário de mudanças no sistema educacional em um contexto de crise econômica e de ascensão do pensamento neoliberal na sociedade. O debate se concentra em como a educação está sendo moldada pelas ideias do neoliberalismo, que enfatiza a redução do tamanho do Estado e a promoção da competitividade. Isso levou a uma transformação na maneira como a educação é concebida e renovada, com implicações significativas para os profissionais que atuam nesse campo. Em meio a essa transformação, surge o papel do “instrutor” na educação, em particular no ensino de música. De fato, o ensino de música no contexto da educação básica nos últimos vinte anos obteve diversas transformações positivas em todo Brasil, com a aprovação da Lei Federal nº 11.769 aprovada em 18 de agosto de 2008 que disserta sobre a obrigatoriedade do ensino de música na educação básica que, conforme descrito por Silva e Andrade (2008), trata apenas do retorno da música como conteúdo necessário nas escolas. Dessa forma, com a aprovação desta lei, a grande demanda por professores de músicas desencadeou a abertura de um mercado voltado para aulas de música, além de abertura de vagas em concursos específicos e a o crescimento de vagas ofertadas em cursos superiores nesta área.

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Biografia do Autor

Aurélio Nogueira de Sousa, Universidade Federal da Bahia - UFBA/ Secretaria de Estado da Educação de Goiás,

Possui Graduação em Ensino Musical Escolar (2009), Mestrado em Educação Musical (2015) EMAC-UFG é doutor em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia com a orientação de Dr. Joel Barbosa na linha de pesquisa em Ensino Coletivo de Banda de Música (2020). Foi coordenador do Ponto de Cultura Tocando Arte, do programa Cultura Viva do Ministério da Cultura do Brasil (2012-2017). É Professor e Regente de banda escolar na cidade de Goiânia (Goiás-Brasil) e professor efetivo da Secretaria de Estado d\ Educação de Goiás, onde também é maestro da banda marcial CEPI Ismael Silva de Jesus.

Mairy Aparecida Pereira Soares Ribeiro, Universidade Católica de Brasília

Doutora em Psicologia- UCB-Brasília. Possui Mestrado em Educação pela PUC Goiás (2004), Especialista em Língua Portuguesa: Ensino de Literatura(2001), Especialista em Letramento Informacional (2015), Especialista em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (2023), Graduação em Letras pela Universidade Federal de Goiás (1998), Graduação em Letras-Libras/ UFG (2018). Atualmente, atua como instrutora da Escola de Governo Henrique Santillo/SEGPLAN-GO. Estatutária da Secretaria de Educação do Estado de Goiás (1997). Professora Tutora de Aperfeiçoamento em Língua Portuguesa e Libras EaD e revisora geral de material instrucional no UNIGOIÁS. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística e gestão escolar, principalmente, nos seguintes temas: Libras, Leis, Educação, Formação de professores, Análise do Discurso Crítica, Educação Inclusiva, Psicologia da Diferença e Educação a Distância. 

Referências

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Publicado

2024-08-30

Como Citar

SOUSA, Aurélio Nogueira de; RIBEIRO, Mairy Aparecida Pereira Soares. A BANDA PASSA E A DÚVIDA FICA: PROFESSOR OU INSTRUTOR?. CAMINHOS DA EDUCAÇÃO diálogos culturas e diversidades, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 01–16, 2024. DOI: 10.26694/caedu.v6i2.5537. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/cedsd/article/view/5537. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO