Aprender é uma viagem: reflexões marioandradianas sobre arte e educação
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v2i3.10869Palavras-chave:
Arte, Educação, Mário de Andrade, O turista aprendiz, Parques InfantisResumo
Este trabalho investiga dois objetos principais: o livro “O turista aprendiz”, escrito por Mário de Andrade durante suas viagens pelo Norte e Nordeste do Brasil entre 1927 e 1929 e o projeto pedagógico “Parques Infantis” implementado pelo escritor na cidade de São Paulo entre 1935 e 1938. Destes dois objetos de pesquisa emergem pontos de contato, temas recorrentes que revelam a concepção de Mário de Andrade sobre arte e educação. Este artigo busca esmiuçar estes temas no intuito de revelar concepções que balizam o pensamento e o fazer artístico do autor neste período. No fim da década de 1920, Mário de Andrade fez duas viagens, uma para o Norte passando pelo Nordeste e outra para o Nordeste do Brasil. As suas impressões, concebidas como um diário de viagem e publicadas na década de 1970 com o título “O turista aprendiz”, buscam apreender a identidade brasileira, em suas múltiplas faces, através dos costumes e especificidades de cada local visitado. Na década de 1930, no período em que foi diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, Mário de Andrade pôs em prática um projeto de educação infantil denominado “Parques Infantis”, no qual crianças realizavam atividades artísticas ao ar livre inspiradas em diversas manifestações culturais do Brasil. Assim, este trabalho busca ampliar o conhecimento acerca da História da Educação no Brasil e na América Latina, e nos permite refletir sobre assuntos de grande relevância para os dias de hoje referente às mobilidades, trocas culturais, identidade, diversidade, arte, imaginação e projetos educacionais.
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