OCORRÊNCIA DE CONODONTES E FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS NO BASHKIRIANO DA FORMAÇÃO PIAUÍ, GRUPO BALSAS, BACIA DO PARNAÍBA

Autores/as

  • Sanmya Karolyne Dias UFRGS
  • Sara Nascimento Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luciane Profs Moutinho Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Ana Karina Scomazzon Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

Conodontes, Foraminíferos Bentônicos, Bacia do Parnaíba, Formação Piauí, Bashkiriano

Resumen

Conodontes são vertebrados marinhos primitivos utilizados mundialmente para o refinamento e correlação de idade das sequências sedimentares ao longo do Paleozoico e Triássico. Foraminíferos são protistas abundantes nas rochas sedimentares que fornecem importantes informações na reconstrução de ambientes sedimentares (paleoecologia) e para a datação relativa de estratos (bioestratigrafia). Dentre as bacias intracratônicas (localizadas no interior dos continentes) brasileiras que apresentam o registro do desenvolvimento de mares epicontinentais paleozoicos no Gondwana Ocidental, a Bacia do Parnaíba apresenta evidências desta invasão marinha nas sequências carbonáticas do Membro Superior da Formação Piauí, em particular na sequência fossilífera do Carbonato Mocambo. O estudo do conteúdo paleontológico nas rochas carbonáticas dessa sucessão auxiliam a reconstruir como era o cenário paleoecológico e paleoambiental da sequência, além de possibilitar o refinamento bioestratigráfico, utilizando fósseis guias como os conodontes e foraminíferos.  Neste trabalho é abordada a importância destes dois grupos de fósseis marinhos como ferramenta geológica na bioestratigrafia e paleoecologia e suas ocorrências na Formação Piauí desde o trabalho pioneiro na década de 1979 até as perspectivas atuais.

Biografía del autor/a

Sanmya Karolyne Dias, UFRGS

Bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atuou como estagiária na empresa Greiphil Minas, atuante no setor mineral no Pará. Realizou trabalhos na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica Ambiental e tema voltado ao estudo de argilominerais. Realizou cursos de capacitação de Avaliação de Impactos Ambientais. Atuou com pesquisa na área de micropaleontologia (2017-2018; IC-PIBIC-UFPA). Monografia realizada com conodontes aplicados à Bioestratigrafia e Paleoecologia na Bacia do Amazonas, sob orientação da Profa. Dra. Ana Karina Scomazzon (UFRGS). Mestre pela Universidade Federal do Pará (CNPQ-UFPA) e, com parceria com o Laboratório de Conodontes e Foraminíferos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizou sua dissertação com foco nos conodontes da Bacia do Parnaíba. Atualmente é doutoranda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAPES-UFRGS) e atua no estudo dos conodontes das bacias do Amazonas e Parnaíba e sua relação no mar epicontinental que conectava essas bacias.

Sara Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Sara Nascimento possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS ? RS (2001), Mestrado em Geociências (2003) e Doutorado em Ciências (2008) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No ano de 2009 desenvolveu atividades como bolsista de Pós-doutorado em Geoquímica e Histologia de Conodontes (UFRGS). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia Estratigráfica, atuando principalmente no estudo de Bioestratigrafia e Paleoecologia de Conodontes do Pensilvaniano das bacias do Amazonas, Solimões e Parnaíba. Suas principais atividades acadêmicas enfocam o estudo de Conodontes, fauna associada e microtectitos. Entre 2010 e 2013 desenvolveu atividades no projeto micropaleontologia das bacias do Amazonas e Solimões (Refinamento biocronoestratigráfico da seção pennsilvaniana e permiana com base em palinologia, fusulinídeos e conodontes) através do convênio UFRGS (FAURGS) e PETROBRAS. Desenvolvendo atividades de preparação de amostras de rochas carbonáticas e folhelhos até sua desagregação, obtenção e classificação de conodontes e fauna associada. Entre 2013 e 2014 participou de projeto científico através do convênio UFRGS (Fundação Luiz Englert) e a BG E & P Group. Desenvolvendo atividade de preparação de amostras, acondicionamento e classificação de foraminíferos quaternários. Entre 2019 e 2020 atuou no projeto Biocronorte (Caracterização de seções paleozoicas das bacias dos Solimões, Amazonas e Parnaíba através através do convênio da UFRGS (FAURGS) e a PETROBRAS. Desenvolvendo atividades de preparação de amostras de rochas carbonáticas e folhelhos até sua desagregação, obtenção e classificação de conodontes e fauna associada. Atualmente desenvolve trabalho de Pós-doutorado: Análise de microesferas (microtectitos) e correlação com os processos de fossilização no permocarbonífero das bacias sedimentares do Amazonas e Paraná.

Luciane Profs Moutinho, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas (PUCRS/2000), Mestrado em Geociências (2002) e Doutorado em Geociências (2006) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolveu atividades como bolsista de Pós-doutorado Empresarial (PDI - CNPq) e visitante técnica na Gerência de Bioestratigrafia e Paleoecologia do CENPES/PETROBRAS. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia Estratigráfica, atuando principalmente no estudo de Fácies Carbonáticas e da Tafonomia de invertebrados. Suas principais atividades acadêmicas enfocam a Tafonomia dos invertebrados em sistemas sedimentares carbonáticos marinhos do Paleozoico, integrando a Tafonomia, a Estratigrafia de Seqüências sedimentares e os estudos de fácies carbonáticas e isótopos estáveis no estabelecimento de interpretações e correlações paleoecológicas e estratigráficas. A partir de 2010 passou a atuar em projeto científico através de termo de cooperação firmado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS), com a interveniência da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), tendo como cliente a gerência CENPES/PDGEO/BPA/PETROBRAS. Desde então, desenvolve estudos em seções delgadas, considerando as associações de invertebrados marinhos e microfósseis de parede calcária (foraminíferos bentônicos) com ênfase no reconhecimento paleoambiental e no estabelecimento de correlações paleoecológicas, estratigráficas e biocronoestratigráficas no Paleozoico das bacias do Amazonas, Solimões, Parnaíba e Acre.

Ana Karina Scomazzon, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996), Mestrado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), Doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004), modalidade sandwich Indiana Geological Survey/Indiana University (2002/2003) e Pós-doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Atualmente é Professora Adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando em projetos de pesquisa, orientação de IC, orientação de mestrado e co-orientação de doutorado no PPGGeo/UFRGS. Líder do Grupo de Pesquisas do CNPq Conodontes e Fusulinídeos. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia Estratigráfica, atuando principalmente nos seguintes temas: conodontes, bioestratigrafia, carbonatos marinhos, micropaleontologia, quimioestratigrafia, bacias sedimentares paleozoicas brasileiras.

Publicado

2022-01-28