A GÊNESE HIDROTERMAL DA OPALA NO ESTADO DO PIAUÍ

Autores

  • Érico Rodrigues Gomes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
  • Marcondes Lima da Costa Universidade Federal do Pará
  • Gisele Tavares Marques Universidade Federal do Pará

Palavras-chave:

Opala Brasileira, Pedro II, Buriti dos Montes, Lineamento Transbrasiliano

Resumo

Existem dois conjuntos de teorias que propõem origens distintas para as opalas de Pedro II. Um grupo propõe origem similar às opalas australianas, resultantes de variações climáticas sob condições ambientais em clima árido.  Este trabalho demonstra a gênese hidrotermal para estas opalas piauienses, que tem seu contexto geológico marcado pela associação rochas sedimentares, arenitos e rochas ígneas intrusivas, o diabásio. Tudo começa com a fragmentação do supercontinente Pangeia, formação do Oceano Atlântico e uma reativação do Lineamento Transbrasiliano cruzando a Bacia Sedimentar do Parnaiba, ocorrendo um magmatismo formador de soleiras alojadas abaixo dos arenitos. Este magma aqueceu a água contida nos poros do arenito, desenvolvendo células de convecção de fluidos, solubilizando a sílica dos grãos quartzosos dos arenitos e da camada externa da rocha ígnea, liberando muita sílica para formar as opalas. Com a diminuição da temperatura, a solução saturada em sílica torna-se uma solução gel supersaturada, precipitando opala nas fraturas, acima da camada de argila existente no contato entre as rochas sedimentares e o diabásio, e entre a fácies alterada e o diabásio não alterado. O conjunto de evidências geológicas, mineralógicas e geoquímicas encontradas associadas às opalas, são indicativos de que estas se originaram neste ambiente hidrotermal.

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Publicado

2022-01-28