A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E A SUSTENTABILIDADE SOCIOMBIENTAL
A BUSCA POR UMA NOVA RACIONALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15779066Palavras-chave:
Racionalidade socioambiental, Políticas energéticas, Desigualdade social, Transição ecológica, SustentabilidadeResumo
A pesquisa investiga os limites da racionalidade dominante nas ações governamentais frente à urgência ambiental e à desigualdade social, propondo a superação do paradigma consumista atual. Parte-se da crítica ao modelo baseado em combustíveis fósseis, como o petróleo, cuja centralidade no desenvolvimento econômico contrasta com os impactos socioambientais e climáticos. A partir de autores clássicos como Marx, Weber e Habermas, o estudo explora diferentes concepções de racionalidade, da lógica da exploração e da burocratização à ética do diálogo e da ação comunicativa. Adota-se uma metodologia qualitativa, com uso de entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo, mas também se reconhece a importância dos métodos quantitativos no reforço da validade científica. A pesquisa valoriza o pluralismo metodológico e a interdisciplinaridade entre as ciências sociais, políticas e econômicas. Autores da economia política como Illich, Sachs e La Rovere defendem a redução do consumo e a reestruturação das políticas energéticas em direção à equidade. Experiências concretas como o caso de Maricá/RJ ilustram alternativas possíveis no uso dos recursos públicos e dos royalties do petróleo com foco em redistribuição de renda. O estudo aponta ainda para a importância de uma nova racionalidade socioambiental — solidária, ética e sensível — como proposta pela “Grande Transição”. Por fim, a Encíclica Laudato Si’ de Francisco reforça essa virada necessária, integrando razão, emoção e ação em favor de uma ecologia integral.