Precariedades de vida

criando desenhos

Abstract

O ensaio explora a intersecção entre vida e pesquisa, questionando se é o desenho que se compromete com a vida ou vice-versa. Baseando-se na experiência pessoal da autora ao ingressar na universidade e enfrentar precariedades familiares, o texto destaca como essas vivências moldam as escolhas acadêmicas e de pesquisa. Diante do contexto de incerteza econômica e política, o autora decide investigar sua própria família, majoritariamente composta por mulheres negras e de classe popular. Ao realizar uma pesquisa etnográfica em casa, ela examina como as precariedades históricas, econômicas e raciais influenciam as trajetórias de vida e as opções de pesquisa. É anfatizado a importância de compreender as complexidades da vida cotidiana e as estruturas de precarização que permeiam as experiências familiares. Conclui-se que o processo de pesquisa não apenas revela, mas também ajuda a compreender e confrontar essas realidades, destacando o papel essencial da memória na compreensão dos processos de precarização.