Para além das prisões

PCC e(em) lócus faccionado

Abstract

 O presente trabalho busca evidenciar os processos que compõem o contexto histórico e social de uma das principais organizações criminosas do Brasil e da América do Sul: o Primeiro Comando da Capital. A partir de sua origem e expansão na unidade prisional paulista, à sua consolidação dentro das periferias do Brasil e dos países que com ele dividem fronteiras. Visamos analisar através da etnografia, bem da revisão bibliográfica, de que forma a disciplina impera nesses locais e apontar as periferias como unidades sociais mais amplas na qual o PCC estende suas influências e ideais, não de forma hegemônica e nem piramidal, mas com impacto nas formas de agir das comunidades empobrecidas do Brasil, como também, busca reverberar sobre as consequências sociais e políticas da ausência de segurança pública por parte do Estado, bem como, algumas secretarias de segurança  pública ou de assistência penitenciária, que via de regra negou e nega veementemente a ascensão dessa organização.