Estratégias tecnocrátas de caça às bruxas à sombra de sentido adornado como controle de corpos negros

a bruxa é preta, periférica e está morrendo em hospitais por violência obstétrica

Autores

  • Gabriela Soares de Araújo UNB

Palavras-chave:

Corpos racializados, Corpos dissidentes, Precarização da vida, Violência obstétrica

Resumo

Este artigo pretende movimentar uma análise com base na abordagem antropológica em relação à violação de direito contra duas mulheres negras, eventos nomeados como violência obstétrica: Alyne Pimentel, em 2003, e Rafaella Santos, em 2015. Nesse sentido, ao reavaliar a semiótica das categorias "corpo" e "gênero", sobretudo quando se dialoga com os conceitos de biopoder e necropoder. Como parte desse esforço, o contexto neofascista atual recai sob o resgate de corpos identificados como dissidentes, especialmente ao tratar da reivindicação de direitos sexuais, reprodutivos e de saúde integral. Em outras palavras, destacar uma historicidade que ainda persegue pessoas que têm um útero e circunstâncias atravessadas por marcadores sociais de raça e classe. A morbimortalidade materna como elo interdependente à precarização da vida.

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Publicado

30-12-2020

Como Citar

SOARES DE ARAÚJO, Gabriela. Estratégias tecnocrátas de caça às bruxas à sombra de sentido adornado como controle de corpos negros: a bruxa é preta, periférica e está morrendo em hospitais por violência obstétrica. Revista Zabelê, Teresina, Brasil, v. 1, n. 1, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/revzab/article/view/3716. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Dossiê