Diagnóstico de agamben e a transformação da política em biopolítica: reflexões para a educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/epeduc.v5i2.3026

Palavras-chave:

Biopolítica, Giorgio Agamben, Poder, Política, Ser Humano

Resumo

Este artigo aborda a política transformada em biopolítica na modernidade com base na obra Homo sacer: o poder soberano e a vida nua, de Giorgio Agamben, cuja análise incide na inserção da vida nos organismos e cálculos do poder e a conversão da política em biopolítica, na qual os governos passam a ter domínio sobre a vida de toda uma nação e, portanto, o direito de vida e morte do indivíduo. Aborda também como o campo se tornou o novo nomos moderno e as pessoas podem ser conduzidas para uma zona de anomalia caso se torne uma vida indesejada de ser vivida ou uma ameaça para a ordem em vigor, portanto, vulnerável a qualquer tipo de atrocidade como aconteceu nos campos de concentração nazistas, espaços que a biopolítica chega ao extremo de sua manipulação sobre a vida humana.  A ideia é que estas reflexões possam colaborar para redimensionar práticas educativas.

Referências

ABDALLA, Guilherme de Andrade Campos. O estado de exceção em Giorgio Agamben: contribuição ao estudo da relação do direito e poder. São Paulo, 2010. (Mestre em Direito). Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito (DFD). Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010.

AGAMBEM, Giorgio. Homem Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. de Henrique Buico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

__________. Uso dos corpos. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2017.

¬__________. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. Tradução Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

BECKER, Annette. Extermínios: o corpo e os campos de concentração. In: CORBIN, Alain; COURTINE; VIGARELLO, Georges. (Org.). História do corpo: as mutações do olhar o século XX. Trad. e revisão Ephraim Ferreira Alves. 4. ed. Petrópoles, Rio de Janeiro: Vozes, 2011. P. 417-441.

BRAGA. Viviane Zarembski. O campo de concentração: um marco para a (bio) política moderna. Cadernos IHU ideias. Ano 16, nº. 270, vol. 16. São Leopoldo. 2018. p. 1-23.

CASRTO, Edgar. Governo no Ocidente é exercer o poder como exceção. Entrevistadora: Márcia Junges. Trad. Benno Dischinger. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, nº 45, São Leopoldo. 2013. p. 60-61.

COSTA, Flavia. Lampedusa: o estado de exceção que se tornou regra. Entrevistadoras: Márcia Junges e Patricia Fachin. Trad. Benno Dischinger. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, nº 45, São Leopoldo. 2013. p. 56-59.

DANNER, Fernando. O sentido de biopolítica em Michel Foucault. Disponível em: <https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art9rev4.pdf>. Acesso em: 02/09/2019l.

DUARTE, André de Macedo. De Michel Foucault a Giorgio Agamben: a trajetória do conceito de biopolítica. p. 1-22. Disponível em:< https://filosoficabiblioteca.files.wordpress.com/2013/10/2-duarte-de-michel-foucault-a-giorgio-agamben-a-trajetc3b3ria-do-conceito-de-biopolc3adtica.pdf>. Acesso em: 02/09/2019.

DUARTE, André. Sobre a biopolítica: de Foucault ao século XXI. p. 1-15. Disponível em: < https://www.revistacinetica.com.br/cep/andre_duarte.pdf. >. Acesso em: 02/09/2019.

FARHI NETO, Leon. Biopolítica em Foucault. Florianópolis, 2007. Dissertação (Mestrado em filosofia) — Departamento de filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

FERREIRA, Sandro de Sousa. Agamben e a vida nua: produto final da máquina antropológica.

Entrevistado: IHU On-line. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, n. 45, São Leopoldo, 2013. p. 40-42.

FOUCAULT, Michael. História da sexualidade I: a vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal , 1988.

FURTADO, Rafael Nogueira; CAMILO, Juliana Aparecida de Oliveira. O conceito de biopoder no pensamento de Michael Foucault. Revista Subjetividades, Fortaleza, v. 16, n. 3, dezembro, 2016, p. 34-44. ISSN: 2359-0777.

GIACOIA JUNIOR, Osvaldo. O que resta de Auschwitz e os paradoxos da biopolítica em nosso tempo. Entrevistadora: Márcia Junges. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, nº. 45, São Leopoldo. 2013. p. 68-72.

HART, Michael; NEGRI, Antonio, Bem-estar comum. Trad. Clóvis Marques. 1ª. ed. Rio de Janeiro, 2016.

LEUTÉIRO, Alex Pereira. Estado de exceção na obra de Giorgio Agamben: da participação da vida à comunidade que vem. São Paulo, PUC, 2014. Dissertação (Mestrado em Direito) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2014.

MENDES, Elger Mendes. A ditadura militar brasileira à luz da filosofia política de Giorgio Agamben. Cadernos do PET de Filosofia. Vol. 9, n. 17, 2017. p. 60-78. ISSN, 2178-5880.

PASSOS, Fábio Abreu. Pensando a ditadura militar brasileira à luz do estado de exceção de Giorgio Agamben. Pensando - Revista de Filosofia. Vol. 5, n. 10, 2014. p. 66-86. ISSN, 2178-843X.

RUIZ, Castor M. M. Bartolomé. Os pensamentos da sacralidade da vida humana: questões ético-políticas do pensamento de W. Benjamin e G. Agamben. Revista Filos., Aurora, Curitiba, v. 25, nº. 37, p. 57-77, jul./dez. 2013.

__________. A sacralidade da vida na exceção soberana, a testemunha e sua linguagem: (Re) leituras biopolíticas da obra de Giorgio Agamben. Cadernos IHU. Ano 10, n. 39, 2012.

__________. O poder soberano e a vida nua. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, n. 45, São Leopoldo, 2013. p. 33-35.

__________. Poder, violência e biopolítica: diálogos (in)devidos entre H. Arendt e M. Foucault. Veritas. Revista de Filosofia da PUCRS. v. 59. n.1, jan.-abr. p. 10-37. ISSN, 0042-3955 e ISSN, 1984-6746.

__________. A exceção jurídica e a vida humana: cruzamentos e rupturas entre Schmitt e Benjamin. In: A sacralidade da vida na exceção soberana, a testemunha e sua linguagem: (Re) leituras biopolíticas de Giorgio Agamben. Cadernos IHU. Ano 10. n. 39, 2012. p. 25-30.

¬__________. O campo como paradigma biopolítico moderno. In: Agamben. Cadernos IHU em formação. Ano IX, nº. 45, São Leopoldo, 2013. p.15-19.

SILVA, Elivanda de Oliveira. A transformação da natureza humana nos governos totalitários e a ascensão do animal laborans na esfera pública: uma leitura biopolítica da obra de Hannah Arendt, 2012. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Cultura e Arte, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

SILVA, Leandro Mendanha. Corpo e história: entrelaçamentos de poderes e saberes. OPIS – Curso de história. Dossiê: corpo e cultura. Universidade Federal de Goiás. Campus Catalão. Catalão – GO. v. 7. n. 8, jan-jun. 2007, p. 151-162. ISSN: 1519-3276.

SOARES. Márcia Fernanda. Uma análise dos conceitos agambenianos de campo, vida nua e estado de exceção. Cadernos Pet de Filosofia. Vol. 8, n. 15, jan – jul, p. 33-47. ISSN, 2178-5880.

Downloads

Publicado

2022-09-30

Como Citar

SANTOS, Elger Mendes dos. Diagnóstico de agamben e a transformação da política em biopolítica: reflexões para a educação. Epistemologia e Práxis Educativa - EPEduc, [S. l.], v. 5, n. 2, 2022. DOI: 10.26694/epeduc.v5i2.3026. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/epeduc/article/view/3026. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos