CÂNION DO RIO POTI
UM CENÁRIO DA HISTORIA GEOLÓGICA PLANETÁRIA DA BACIA DO PARNAÍBA
Palavras-chave:
Cânion, Rio Poti., TransbrasilianoResumo
O limite estadual Piauí-Ceará é marcado por serras e cortado por falha geológica moldando paisagens cênicas impressionantes em área do bioma Caatinga. O rio Poti, capturado por falhas, gera formas geológicas exuberantes, expondo e esculpindo rochas do Grupo Canindé, Formação Cabeças predominantemente, e das formações Tianguá e Ipu do Grupo Serra Grande. Com nascente nas serras cearenses, adentra o Piauí segundo falha geológica que muda seu curso na altura do município de Buriti dos Montes. Com extensão de 538 km foi utilizado como corredor migratório entre as planícies do Piauí e Maranhão e o semi-árido do Ceará, Pernambuco e Bahia comprovado pelas gravuras rupestres por picoteamento em rochas do seu leito, constituindo um dos mais importantes complexos de gravuras rupestres das Américas. O cânion nasce na Serra dos Cariris, município de Quiterianópolis-CE, corta o front da Serra da Ibiapaba e desagua no rio Parnaíba, em Teresina. Litologias sedimentares mais resistentes condicionaram o aprofundamento do seu talvegue, gerando um cânion com 360 m de altura na área de contato entre o cristalino e rochas sedimentares e 60 m nestas ultimas. O forte controle estrutural da drenagem e do cânion reflete a influência dos lineamentos Transbrasiliano e Picos-Santa Inês.