Entes através
Resumo
Em casa, na escola e para minha família eu era a Isis. Nas ruas, nos rolês eu era a Sabino. Na adolescência comecei a explorar com mais compromisso meu eu artístico, por ser alguém reservada, busquei expressar o que eu não falava, comecei a desenhar pensamentos, sentimentos e memórias. Até hoje costumo trabalhar nesta linha de fazer desenhos, pinturas, danças e graffitis sobre pertencimentos e não pertencimentos, usando signos de máscaras, fragmentando essas experiências como a “máscara” de Isis e a “máscara” de Sabino, mostrando as felicidades, tristezas e demais vivências que me atravessavam em diferentes espaços. Ser uma mulher preta, espiritualizada, periférica, estudante, pansexual e artista é ser um corpo revolucionário e isso faz parte de tudo que já produzi. Somos um acúmulo de histórias, por isso sou uma ilustradora.