RORTY, RICHARD. CONTINGÊNCIA, IRONIA E SOLIDARIEDADE. SÃO PAULO: MARTINS, 2007. 331P. ISBN 978-85-99102-51-0
DOI:
https://doi.org/10.26694/pet.v2i4.2131Abstract
Seria possível uma sociedade em que a crueldade provocasse uma comoção absoluta em todos os seus membros, de modo que o grande objetivo fosse a sua não realização? A solidariedade seria possível em uma perspectiva em que esta não fosse concebida como o absoluto, o universal desde sempre? Estes são alguns dos questionamentos com que Richard Rorty, filósofo pragmatista, estadunidense e liberal, ao final da década de 1980, provoca-nos nas páginas do seu livro “Contingência, ironia e solidariedade”, considerado por muitos estudiosos como a obra-chave de seus escritos, superando inclusive o relevante “Filosofia e o espelho da natureza”. Em “Contingência, ironia e solidariedade” o autor trabalha mais explicitamente com as categorias com as quais passou a conceber seus escritos posteriores e que representam sua proposta mais amadurecida, tais como os termos “redescrição”, “autocriação” e “ironista liberal”.