O Nietzsche dos juristas
A recepção por Miguel Reale no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.vol31%25.4058Palavras-chave:
Nietzsche, Miguel Reale, Cultura, Valor, Antropologia FilosóficaResumo
Este artigo tem como objetivo examinar a recepção de Miguel Reale (1910-2006) do pensamento de Friedrich Nietzsche, considerando tanto os problemas de uma história abrangente das ideias quanto os aspectos mais particulares da axiologia jurídica. Para isso observa-se o itinerário intelectual de Miguel Reale, especialmente no que diz respeito à sua filosofia do valor e sua relação com o culturalismo jurídico e a teoria tridimensional do direito. Concluímos apontando que os desdobramentos desta temática na segunda metade do século XX no Brasil encontram semelhanças com seu tratamento na tradição europeia, em particular na Alemanha, e mostram uma recepção do pensamento de Nietzsche. A metodologia é a hermenêutica da recepção que caracteriza a história das ideias e da cultura, norteada pelos problemas de continuidade e originalidade em um pensamento periférico, com base na pesquisa bibliográfica.
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