Atos de resistência e organização de povos indígenas na Amazônia venezuelana face aos novos empreendimentos econômicos
DOI:
https://doi.org/10.26694/rer.v3i02.12040Abstract
Refletir sobre o Território de povos indígenas na Amazônia Venezuelana face aos novos empreendimentos econômicos (2017) foi o objetivo do “ensaio memorialístico” apresentado como requisito para a Progressão Funcional para o cargo de Professor Titular na Universidade Federal do Pará. Nas três últimas décadas, a luta dos movimentos sociais pela apropriação coletiva da terra encontra obstáculos nos Estados Nacionais e nos aparatos coloniais nessa região subcontinental. Por que e de que forma se erigem esses obstáculos em cada realidade específica e quais são as barreiras comuns? Essa questão tem centralidade nas investigações e é fundamental na agenda política geral do subcontinente, qualquer que seja o interessado - os movimentos sociais, as agências da política estatal ou a acadêmica. O desejo e a necessidade intelectual de refletir sobre essas questões inscrevem-se na minha experiência de vida e trajetória acadêmica. Por mais de quatro décadas tenho vivido e trabalhado na Amazônia brasileira e empreendido pesquisas sobre as questões de terra na Pan-Amazônia, especialmente em Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana Francesa e Brasil. Neste trabalho retornei ao ensaio memorialístico e destaquei o que tem sido os atos de resistência e organização de Povos Indígenas na Amazônia Venezuelana face aos novos empreendimentos econômicos.