REPELÊNCIA À ÁGUA E FRAÇÕES DA MATÉRIA ORGÂNICA EM ORGANOSSOLOS

Autores

  • Lúcia Helena Cunha dos Anjos
  • Marcos Gervasio Pereira
  • Edilene Pereira Ferreira
  • Rafael Cipriano da Silva
  • Gustavo Souza Valladares

Palavras-chave:

Hidrofobicidade em solos, Horizontes hísticos, Matéria orgânica

Resumo

Tendo em vista que os teores de matéria orgânica interferem diretamente nas propriedades químicas e físicas do solo, o objetivo deste estudo foi avaliar a hidrofobicidade em Organossolos de várzea e correlacionar com os teores de C orgânico total (COT) e das substâncias húmicas. Foram coletados seis perfis de Organossolos em ambiente de várzea, nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, totalizando 26 amostras de solo, entre horizontes orgânicos e minerais. O grau de repelência à água foi determinado pelo teste da avaliação do tempo de penetração de gotas de água e pelo teste de penetração de gotas de etanol com diferentes concentrações molares. Os teores de COT foram determinados por dois diferentes métodos e os teores de MO determinados pelo método da mufla. O fracionamento químico da MO foi realizado para obtenção dos teores de C das frações ácido húmico, ácido fúlvico e humina. Nos Organossolos avaliados predominaram a fração humina em detrimento às demais frações húmicas, com valor máximo de 278,12 e mínimo de 1,93 g kg-1. Já os valores dos ácidos húmicos foram maiores que os de ácidos fúlvicos, variando de 161,76 a 0,32 g kg-1, evidenciando um acúmulo de frações com maior grau de humificação. A hidrofobicidade foi expressiva em horizontes orgânicos e os graus variaram em tanto em função dos teores de MO como dos teores de C das frações das substâncias húmicas, principalmente a humina. Por meio da análise de componentes principais foi constatada interação entre a hidrofobicidade do solo e parâmetros usados para avaliar o risco de degradação/subsidência em Organossolos, tais como densidade do solo, resíduo mínimo e material mineral.

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Publicado

2025-11-20

Edição

Seção

Artigos