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ENTRE O AMOR AO MUNDO E A PAIXÃO IGUALITÁRIA: A IGUALDADE REPUBLICANA EM ARENDT EM DIÁLOGO COM MONTESQUIEU E TOCQUEVILLE

Autores

  • Rosângela Chaves PUC-GO

Palavras-chave:

Igualdade republicana, isonomia, liberdade, conformismo, uniformidade

Resumo

O presente artigo discute a concepção de igualdade republicana no pensamento de Hannah Arendt, a partir de um diálogo com a noção de virtude republicana em Montesquieu, compreendida como o “amor à igualdade”, e a de “paixão igualitária” em Tocqueville, concebida como a tendência dos
indivíduos das sociedades democráticas modernas a nivelar-se a um mesmo patamar de conformismo e mediocridade. Na primeira parte, são exploradas as várias dimensões da igualdade republicana em Arendt, como a restrição da igualdade ao campo da política, a compreensão da igualdade como isonomia e sua vinculação ao ideal de liberdade política, a associação entre o “amor à igualdade” em Montesquieu e o amor mundi em Arendt, manifestados pela amizade cívica, e a igualdade relacionada a outros temas centrais na obra arendtiana, como pluralidade, singularidade e visibilidade. Na segunda parte, o enfoque são as críticas de Arendt ao que ela denomina de “igualdade moderna”, reduzida ao conformismo inerente à sociedade contemporânea, em uma
perspectiva que se aproxima das reflexões de Tocqueville sobre a “paixão igualitária” nas democracias modernas, como uma inclinação dos indivíduos a confundir igualdade com uniformidade. Por fim, outros dois aspectos da igualdade em Arendt são considerados: o primeiro é sua resistência ao ideal de “igualdade universal” e o segundo, a sua ideia de igualdade vinculada ao princípio da justiça, como o igual direito a ter direitos.

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Publicado

2023-02-06

Versões

Como Citar

Chaves, R. . (2023). ENTRE O AMOR AO MUNDO E A PAIXÃO IGUALITÁRIA: A IGUALDADE REPUBLICANA EM ARENDT EM DIÁLOGO COM MONTESQUIEU E TOCQUEVILLE. Cadernos Arendt, 3(6), 63–77. Recuperado de https://periodicos.ufpi.br/index.php/ca/article/view/3893