A Dimensão Estética no Pensamento de António Quadros

Autores

  • José Carlos Francisco Pereira Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.vol15i35.5364

Palavras-chave:

António Quadros, pensamento existencial, estética simbólica

Resumo

Para António Quadros, a existência é a categoria primeira do ser, por oposição à essência, constituindo-se o sentimento uma via gnoseológica que antecede a razão; se sensação e razão se articulam no mesmo processo de percepção e apercepção, é ainda a razão obrigada a admitir outros modos de acesso e revelação metafísica do ser, quais sejam o símbolo, o mito ou o sonho, o que simultaneamente sinaliza o especulativo numa via diversa do pensamento existencial de feição ontológica ou fenomenológica. Segundo o filósofo, não há o “Homem” mas seres humanos em situação concreta, facto que impossibilita qualquer dimensão abstracta do humano, e impede a sua subtracção a uma ordem cósmica cuja hierarquia compreende o humano, o natural e o divino, constituindo-se a natureza o mediador entre os outros dois pólos. Esta mediação dá-se através do símbolo, potência maior da comunicabilidade estética que toda a obra de arte pressupõe.

Biografia do Autor

José Carlos Francisco Pereira, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Concluiu o(a) Doutoramento em Ciências da Arte em 2009 pelo(a) Universidade de Lisboa Faculdade de Belas-Artes, Mestrado em Teorias da Arte em 2000 pelo(a) Universidade de Lisboa Faculdade de Belas-Artes, Licenciatura em Filosofia em 2013 pelo(a) Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Humanas e Licenciatura em Comunicação Social e Cultural em 1997 pelo(a) Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Humanas. É Professor Auxiliar no(a) Universidade de Lisboa Faculdade de Belas-Artes, Actividade editorial - Co-director de revista ArteTeoria (Revista do CIEBA Centro

Referências

QUADROS, António. O Espírito da Cultura Portuguesa. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 1967.

QUADROS, António. Portugal, Razão e Mistério. vol. II, Lisboa: Guimarães Editores,1987.

QUADROS, António. O Movimento do Homem: Drama, Movimento, Evolução. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 1963.

QUADROS, António. Ficção e Espírito: memórias críticas. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 1971.

QUADROS, António. Introdução a uma Estética Existencial. Lisboa: Portugália Editora, 1954.

QUADROS, António. Memória das Origens, Saudades do Futuro: Valores, mitos, arquétipos, ideias. Lisboa: Publicações Europa-América, 1992.

Quadros, António. “O Enigma de Lisboa: Ensaio de Psicologia e Psicografia de uma Cidade”. Separata da Revista Rumo, Lisboa: nº 11, 1958.

QUADROS, António (Estudo Crítico). Carlos Botelho. Lisboa: Empresa nacional de Publicidade, 1966.

QUADROS,António. “O Português e o Barroco”. Separata da Revista de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis. Assis: vol. 8-9, 1966.

BRAZ TEIXEIRA, António. “A Estética Existencial de António Quadros”, in Pimentel, Cândido e Sofia Carvalho (coord.), António Quadros. Obra, pensamento, contextos. Lisboa: UCP Editora, 2016.

Downloads

Publicado

23-10-2024

Como Citar

FRANCISCO PEREIRA, José Carlos. A Dimensão Estética no Pensamento de António Quadros. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 15, n. 35, p. 20–26, 2024. DOI: 10.26694/pensando.vol15i35.5364. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/5364. Acesso em: 23 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.