O AMOR COMO REVELADOR DA VIDA EM ORTEGA Y GASSET

Autores

  • José Cavalcante Lacerda Jr. IFAM

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v12i25.10565

Palavras-chave:

Raciovitalismo, Amor, Transmigração

Resumo

O raciovitalismo do filósofo espanhol Ortega y Gasset traz uma significativa contribuição ao contemporâneo, isto é, seu comprometimento com o fundamento mais radical da existência: a vida. A teoria raciovitalista aprofunda em seu percurso filosófico a concepção de um ser humano imerso em suas circunstâncias, lugar-base para a construção do ser gente, ser histórico, ser futuro, ser que ama e, por isso, se autocompreende e se revela. Imerso nesse contexto, o presente texto buscou apresentar um recorte da filosofia de Ortega y Gasset, o amor. Para tanto, busca demonstrar os traços gerais de sua teoria e suas implicações na relação do eu com o outro, sendo assim o amor uma manifestação da vida. Enquanto instrumento metodológico, tal estudo tomou como ponto de partida a pesquisa bibliográfica, a qual esteve voltada para a compreensão do contexto histórico, visando destacar o amor como revelador da vida. Mediante essa investigação, verificou-se que a compreensão da perspectiva filosófica de Ortega sobre o amor constitui-se como uma reflexão emergente e urgente sobre a vida, de modo particular, a “minha vida”. E ainda, o raciovitalismo orteguiano ao se referir ao amor o compreende como um fenômeno humano, que não está no campo da transcendência ou no campo das ideias, mas circunscrito no encontro da pessoa com seu sujeito amado. Tal itinerário revela o caráter de encontro que demanda da compreensão do amor, em outras palavras, amar é uma vivificação constante e uma perene criação e conservação intencional do amado na “minha vida”.

Referências

ABBAGANANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

CARVALHO, José Maurício de. Introdução à Filosofia da Razão Vital de Ortega y Gasset. Londrina: Cefil, 2002.

CASAGRANDE, Lino. Vida e razão: a crítica de Ortega y Gasset à filosofia contemporânea. Caxias do Sul: EDUCS, 2002.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 21 ed. Petrópolis: RJ: Vozes, 2011.

ORTEGA Y GASSET, José. Meditaciones del Quijote. In.: Obras completas de José Ortega y Gasset. 7. ed. Madrid: Revista de Occidente, 1966.

______. A rebelião das massas. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

______.. Estudos sobre o amor. Rio de Janeiro: Livro Ibero-Americano Ltda, 1960

______. História como sistema. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1982.

______. Meditación de nuestro tempo. Madrid: Fondo de Cultura Económica, 1996.

______. Ni vitalismo ni racionalismo. Obras Completas. 2. reimpresión, v. III. Madrid: Alianza, 1994.

______. Que é Filosofia? Rio de Janeiro: Livro Ibero-Americano, 1971.

______. Unas Lecciones de Metafísica. México: Editarial Porrúa, 1998.

______. Vitalidad, alma, espíritu. In El Espectador. Madrid: Espasa Calpe S.A. 1966.

PLATÃO. O Banquete. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SCHOPENHAUER, Arthur. Metafísica do Amor. São Paulo: Martin Claret, 2001.

YIN, Robert K. Pesquisa qualitativa: do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.

Downloads

Publicado

2021-05-23

Como Citar

LACERDA JR., J. C. . O AMOR COMO REVELADOR DA VIDA EM ORTEGA Y GASSET. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 12, n. 25, p. 42-53, 2021. DOI: 10.26694/pensando.v12i25.10565. Disponível em: http://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3541. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS/VARIA